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Uma centena experimentou ser físico de partículas por um dia
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 11 de mar?o de 2015 · @@y8Xxv Alunos do Secundário vieram à UBI participar nas Masterclasses Internacionais em Física de Partículas. Tiveram a oportunidade de descobrir um mundo novo e estar em contacto com o CERN. |
A atividade permitiu aos participantes tentar descobrir o Bosão de Higgs |
21978 visitas O programa das Masterclasses Internacionais em Física de Partículas passou pela Universidade da Beira Interior (UBI) e cerca de uma centena de alunos do Ensino Secundário aceitaram o desafio de experimentarem ser cientistas por um dia. As iniciativas são organizadas a nível nacional pelo Laboratório de Física das Partículas e passam por várias instituições de Ensino Superior e laboratórios de investigação, com a UBI a ser a única a organizar a sessão na região Centro. Na Covilhã, no sábado, dia 28, alunos dos 10.º ao 12.º anos tiveram oportunidade de trabalhar com dados reais do acelerador de partículas do CERN, para redescobrir o bosão Z ou a estrutura do protão, reconstruir “partículas estranhas” ou medir a vida média da partícula Dº. Um dos pontos altos da atividade é a procura do bosão de Higgs. “São exercícios muito interessantes, com dados reais”, salienta Sandra Soares, a docente da UBI que organiza a atividade e que destaca o sucesso da edição deste ano: “Tivemos mais gente que na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Acho que foi mesmo muito bom e no final estavam contentes. Foi um grupo muito interessante”. Os participantes vieram de vários locais da zona Centro, sem esquecer alunos provenientes da Covilhã. Para estes, Sandra Soares refere que houve a possibilidade de descoberta de um mundo novo. “O mundo da física das partículas está mais divulgado desde que no verão de 2012 se descobriu o bosão de Higgs. Os media começaram a falar mais e eu acho que a partir daí começou a tornar-se tudo muito mais evidente. E a Ciência é isto, mesmo que não seja uma matéria que eles abordem nas suas escolas, é no mínimo cultura geral e uma cultura boa”, acrescenta a responsável pelas Masterclasses na UBI. A iniciativa é também um momento de divulgação da Universidade, em especial das áreas que têm atraído menos alunos: a das ciências exatas. “Este é um caminho muito importante a seguir”, sublinha, recordando a palestra que uma das alunas que colaborou com a organização promoveu juntos dos participantes, para explicar a área da bioengenharia. “As engenharias têm tido menos alunos que outras áreas. Desafiei-a a falar sobre bioengenharia para cativar o público”, recorda Sandra Soares, salientando: “Temos que ter essa preocupação: explicar o que é que nós temos para eles terem a informação que muitas vezes falta”. No campo da física, a docente da UBI tem também realizado sessões de divulgação junto dos alunos do pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, na freguesia do Teixoso. Um trabalho “gratificante” e importante, porque “é no 1.º ciclo que nós vamos formar as cabeças deles”, explica Sandra Soares. |
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