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O designer do futuro
Sara Sampaio Alves · quarta, 11 de mar?o de 2015 · @@y8Xxv Dedicada aos alunos de Design, a conferência "Compromissos para o Design do século XXI" trouxe até à UBI Lucy Niemeyer, para falar do perfil do designer do futuro. |
Lucy Niemeyer na conferência "Compromissos do Design para o século XXI" |
21982 visitas "A missão do designer é a de melhorar, de fazer coisas novas". Foi desta forma que Lucy Niemeyer, professora no Rio de Janeiro e designer, deu início à sua apresentação, que decorreu no Anfiteatro das Sessões solenes de UBI no dia 3 de Março. Através da mostra de uma imagem que representava a ideia do mundo em 1538, onde eram visíveis dois circulos paralelos que só se uniam por um ponto, "como se fossem universos diferentes", e de uma outra imagem da via láctea, Lucy Niemeyer explica que o planeta Terra é um pequeno ponto no universo e que "todo o mundo vai fazer cadeiras, todo o mundo vai fazer mais daquilo que já existe" acrescentando então que para os designers "hà caminhos a ousar, a ver, a arriscar". A professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro completa ainda o seu discurso referindo que os portugueses, "como povo ousado, que atravessou oceanos nunca percorridos, então há o infinitamente grande e o infinitamente pequeno para ser mais ocupado pelos designers portugueses". Durante a sua exposição Lucy Niemeyer referiu que o que se espera do designer é que quando está perante um projecto pense em conceitos como a universalidade, a significação, a inclusão, a eco-eficiência, a inovação a ética e o facto de ser uma área voltada para o desenvolvimento humano. A designer afima que esta é "uma abordagem dos designers que priveligia a questão humana e não tanto uma questão de mercado, uma questão do produto ou uma questão capitalista". Comparando os requisitos que eram pedidos na altura em que se formou com os da actualidade, Lucy Niemeyer acrescenta que "são outros tempos, com outras demandas, com a necessidade o jovem designer tem que estudar mais, ele tem que conhecer mais coisas, porque ele vai ter que dar conta de coisas que eu não precisava pensar quando me formei". A designer refere ainda que "ninguém fica preparado antes, a gente se procura ir preparando e ficando atentos para coisas que vão acontecer". No entanto, não basta ter só o conhecimento, é necessário ter habilidade para aplicar esse conhecimento e a atitude adequada. Então um outro requisito que os designers devem preencher é o saber identificar o desejo do cliente. Os designers são caracterizados como "profissionais do desejo". Assim, o designer deve perceber o seu próprio desejo, o que o atrai, o que acha interessante, mas também deve pensar "estou a fazer isto para quem? o que atrai aquela pessoa?". O designer deve dar uso à sua função de saber interpretar os desejos do cliente já que "às vezes o próprio cliente quando encomenda um projecto não sabe bem o que quer". No seguimento Lucy Niemeyer sugeriu dois sites a que os estudantes poderiam recorrer para os ajudar a perceber o cliente, desenvolvendo no designer essa "sensibilidade para entender o desejo alheio" completa a professora. Como explica ainda ao URBI a palavra subjcente a design é projecto. Então o design é visto como "uma aposta no futuro, no ignorado, no incerto". Um conselho deixado ainda por Lucy Niemeyer aos estudantes de design é que apostem em algo que "seja arriscado, pode "morrer" no caminho, mas há também a possibilidade de atravessar o cabo e se tornar a Boa Esperança", completa. |
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