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Jovens na política precisam-se
Sara Ventura · quarta, 11 de mar?o de 2015 · No passado sábado, o Bar Académico da Universidade da Beira Interior acolheu a iniciativa “Conversas de Comunidade”. Tratou- se de uma sessão aberta a toda a comunidade covilhanense, estudantes ou não, para discutirem a relação entre os jovens e a política. |
Representantes das várias juventudes partidárias (JCP; JS; JSD) |
22004 visitas Conversas de Comunidade, organizada pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), estreou-se com a temática “ A importância da política para os jovens”. A adesão a esta iniciativa “não foi a melhor” e, segundo alguns dos participantes da sessão, tal deveu-se à falta de divulgação da data e horário. O painel de oradores contou com a presença de um representante da Juventude Comunista Portuguesa (JCP), Renata Costa; da Juventude Social Democrata (JSD) com Hugo Lopes; e ainda da Juventude Socialista (JS), com Joana Bento. Foram lançadas várias questões acerca da importância da política para o desenvolvimento dos jovens. Se há uma falta de informação na educação portuguesa para alertar quanto à política, nota-se também cada vez mais um desinteresse dos jovens por estes temas, as suas razões, e ainda, pelas medidas a tomar para que haja uma maior proximidade dos jovens a esta área. Durante o debate, as opiniões nem sempre foram unânimes, mas em vários pontos convergiram. Exemplo disso foi a unanimidade em torno da urgência em conseguir que mais jovens se interessem por política, que exerçam o seu direito de voto, e que se manifestem das mais variadas formas. Renata Costa, da JCP, reforçou ser esta uma questão de muita importância, defendendo que “não podemos deixar nas mãos dos outros as decisões importantes que afetam a nossa vida”. Hugo Lopes (JSD), relativamente à falta de formação de política no nosso sistema educativo, apontou o que diz ser uma falha grave do povo português: “Cerca de 95% da população formula a sua opinião e vota com base na comunicação social”, acrescentando ainda que “deviam ler sempre os manifestos de cada partido”. “Os problemas políticos são de todos e há que ter em conta as diferentes necessidades dos jovens ao logo do mapa”, defendeu Joana Bento, representante da JS. O envolvimento dos jovens na política é muitas vezes condicionado pelo contexto em que se vive e há ainda muito trabalho local a fazer para cativar esta faixa etária mais jovem para os assuntos internos da nação. Para fechar a sessão, procedeu-se a um debate entre os membros da mesa e o público. Quanto ao descrédito por parte dos jovens perante a política, a opinião dos participantes mostrou-se unânime. Para reforçar esta ideia, Eric Vidal, aluno da UBI, comenta que “estarem tão poucas pessoas presentes neste evento, só veio a confirmar esta premissa”. Ainda assim, felicita este tipo de eventos e diz que “uma associação de uma universidade deve manter-se isenta relativamente a uma ideologia”, e “fomentar uma competição saudável entre as diversas cores” para que ninguém se sinta oprimido. |
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