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Concerto de música clássica na cidade-neve
Vânia Marques · quarta, 11 de mar?o de 2015 · Natural da Covilhã, o violoncelista Bruno Borralhinho juntou-se à Orquestra XXI para um concerto no Teatro Municipal da Covilhã. Com o solo de Bruno Borralhinho foram interpretados temas de Bach, Stravinsky e Mozart. |
Bruno Borralhinho e Orquestra XXI |
22000 visitas Orquestra XXI é o nome de um projeto que integra perto de cinquenta jovens músicos portugueses, residentes no estrangeiro. Estabelecida em Setembro de 2013, a Orquestra XXI pretende que músicos, emigrantes de Portugal, possam partilhar os seus conhecimentos com o seu país de origem. A Orquestra XXI, dirigida por Dinis Sousa, passou pela Covilhã e convidou o violoncelista Bruno Borralhinho para fazer parte do concerto onde se apresentou como solista. Bruno, membro da Orquestra Filarmónica de Dresden, afirma que “foi um prazer enorme atuar com a orquestra” porque numa altura em que se “fala de talentos que se desperdiçam ao sair do país”, este projeto atua precisamente no sentido inverso. Relativamente à importância que este tipo de atividades tem para a Covilhã, Bruno assegura que, para a cidade, é “sempre bom ter uma orquestra quase profissional a atuar”, defendendo que deveriam existir mais vezes este género de iniciativas. O violoncelista diz ainda que um dos desafios da música clássica é “a “educação de públicos” e cativar o público jovem” porque persiste uma ideia errada de que a música clássica é uma “coisa chata e para velhotes”. O facto de a Orquestra XXI ser composta por jovens que tocam e gostam deste tipo de música é a prova que “a música clássica não é para velhotes”, afirma o músico. De acordo com Bruno, o concerto teve uma “grande adesão” e defende que “para uma cidade como a Covilhã, existe quase sempre um público base” que assiste e tem gosto pela música clássica. Vanessa Raquel, 27 anos, residente na Covilhã, afirma ter gostado muito do concerto, caracterizado por uma grande “qualidade musical e excelentes músicos”. Vanessa defende que o facto de o concerto ter tido a participação de um artista da cidade leva a que “as pessoas saiam de casa, nem que seja pela curiosidade de ser um artista da terra” e que é sempre “muito bom quando um artista covilhanense é reconhecido”. Vanessa explica ainda que já tocou numa banda filarmónica e que a música é uma maneira de exprimir sentimentos porque tocar “dá uma sensação de liberdade e despreocupação”. A Câmara Municipal da Covilhã homenageou o violoncelista Bruno Borralhinho, oferecendo uma bandeira e uma medalha da cidade de Covilhã. |
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