Foram 103 os processos analisados pelo Provedor do Estudante da Universidade da Beira Interior (UBI) no segundo semestre do ano letivo 2013/14. O número faz parte do relatório da atividade de Luís Lourenço, que ocupa esta função desde fevereiro do ano passado, e que foi dado a conhecer ao Conselho Geral da última sexta-feira, dia 27.

A estatística daquele que é o primeiro semestre completo do docente da UBI em funções mostra que os alunos da instituição recorreram à Provedoria, na sua grande maioria, para pedir informações. Foram 62 casos, que correspondem a 60 por cento dos processos. Seguem-se 38 reclamações, que correspondem a 37 por cento das situações. Os valores de aconselhamento e sugestões, dois e um casos respetivamente, apresentam valores residuais.

O relatório, disponível no site da provedoria, dá conta de um elevado grau de satisfação por parte dos estudantes que se dirigiram a esta entidade. De acordo com um inquérito feito a esses alunos, “cerca de 50 por cento dos respondentes ficaram completamente satisfeitos  com  a  resolução  do assunto/problema  que colocaram  à  Provedoria.  Apenas  8,6 por cento  ficaram  completamente insatisfeitos.  O valor é relativamente  elevado.  Porém, embora  seja  desejável  melhorar este  número,  não  será  fácil  consegui-lo,  atendendo  a  que,  por  vezes,  não  é  mesmo possível resolver os assuntos a contento dos alunos”, pode ler-se no documento.

Um grau de satisfação que resultará, por exemplo, num tempo de resposta curto às situações reportadas. 51 por cento dos contactos teve um feedback no mesmo dia, não se prolongando nenhuma situação por mais de um mês, o tempo mais longo apontado no relatório. “Penso que é de facto um prazo de resposta relativamente curto e o meu testemunho pessoal pode ir além disto e dizer que em alguns dos contactos se verifica a manifestação de quem contacta de dizer: ‘Fico muito satisfeito por obter uma resposta rápida’. Não significa a resolução do problema, mas um e-mail que é enviado à provedoria tem resposta no próprio dia”, salientou Luís Lourenço.

O Provedor do Estudante destacou ainda a colaboração que tem tido da parte dos vários serviços e pessoas que podem contribuir para a resolução dos problemas expressos, como a Associação Académica, a vice-reitoria para os Assuntos Académicos, conselhos pedagógicos das diferentes faculdades, SASUBI e Serviços Académicos.

No final da primeira intervenção que teve no Conselho Geral para apresentar os dados da atividade, Luís Lourenço chamou a atenção para questões como o abandono escolar “uma das mais frustrantes que se colocam ao provedor e à Universidade”, entendendo que “não é apenas com o Fundo de Ação Social que se consegue resolver o problema, porque existem dificuldades económicas que muitas vezes não são conhecidas”. 

Quanto à alteração de regulamentos, alerta para que sejam discutidos “de forma correta e atempada”, fez reparos à existência de diferentes prazos e calendários na Faculdade de Ciências da Saúde relativamente às restantes escolas da UBI e um “melhor tratamento na forma de divulgação dos critérios de avaliação”.