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Ajustes nas Unidades “melhoram a UBI na área da investigação”
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 25 de fevereiro de 2015 · @@y8Xxv Paulo Moniz, vice-reitor para a Área de Investigação, aborda as mudanças verificadas neste sector e reflete sobre formas de financiamento. O aproveitamento dos fundos da FCT e a inovação, juntamente com as empresas, são alguns caminhos que devem ser seguidos. |
21982 visitas As mudanças operadas nos últimos tempos nas Unidades de Investigação deixaram a Universidade da Beira Interior (UBI) mais preparada neste campo. A ideia é de Paulo Moniz, vice-reitor para a Área de Investigação, poucos dias após a tomada de posse dos novos coordenadores. Esta área, uma das mais importantes das universidades, enfrenta, no entanto, novos desafios na captação de fundos para a concretização de projetos, com as próprias contingências da recente avaliação das unidades realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). As mudanças que se verificaram foram motivadas pela necessidade de adaptação a alguns critérios da FCT. “Se a UBI ficou melhor preparada? Eu diria que sim. Houve um debate, as pessoas autoavaliaram-se, em termos de unidades, viram o que era melhor e pior, o tema foi aos vários órgãos da Universidade e fez-se uma opção”, explica o responsável pela Investigação, acrescentando: “Agora temos de trabalhar em função dos fundos que poderão vir aí, mas também da avaliação intermédia de 2017”. O dinheiro para as unidades trabalharem não abunda, mas há algumas possibilidades. “Ao abrigo do protocolo que a UBI tem com o Santander, o reitor destinou 200 mil euros para a Investigação e vamos deliberar como é que esse dinheiro poderá ser distribuído. Não é muito. Temos 13 unidades, algumas precisam de muitos consumíveis e têm bolseiros”, explica Paulo Moniz. Candidaturas a fundos comunitários no âmbito do Horizonte 2020, destinado a apoiar investigação e inovação, programa que está em vigor nos próximos cinco anos, é outra opção. As regras exigem uma grande interação com as empresas – “pretendem que dois terços venha dos privados e que os doutorandos estejam ligados às empresas”, sublinha o vice-reitor. Para Paulo Moniz a adaptação às novas regras “implica uma articulação construtiva, abrangente, em diálogo, entre as unidades onde se faz investigação, as quais têm de discutir e abraçar muito a questão do empreendedorismo, da inovação, meter lá os alunos a trabalhar com vista às empresas, sempre satisfazendo os regulamentos vigentes”. Uma das possibilidades é aproveitar a existência de parques tecnológicos na região, sugere. Ainda assim, a UBI espera que a FCT atribua financiamentos às unidades que passaram à segunda fase da avaliação e apoie com um fundo de reestruturação aquelas que tiveram “bom”, para que possam subir na classificação. Esta Fundação deve continuar a ser aposta para alcançar meios, segundo Paulo Moniz. “Tenho incentivado as pessoas a irem aos dinheiros da FCT. É a nossa agência de acreditação e financiamento. Ela pode ter de mudar politicamente, mas é aquilo que nós temos e uma coisa que temos feito na equipa que trabalha com estes aspetos da investigação é procurar ter mais dinheiro da FCT, sem lhe pedir mais”, explica.
INTERDISCIPLINARIDADE INCENTIVADA Uma forma de tornar os projetos mais fortes é a interdisciplinaridade entre as unidades. A FCT refere o alinhamento inteligente algo que, para Paulo Moniz, é um indício de que se pretende este movimento. “Ignorá-lo vai ser um erro, mas eu sou muito favorável à multidisciplinaridade”, explica, lembrando o incentivo para o aproveitamento de sinergias entre as cinco faculdades: “Acredito que irá permutar uma partilha de opiniões. Creio que essas reuniões vão dar o seu fruto e é algo para o qual temos de olhar muito”. A par disto, o também presidente do ICI – Instituto Coordenador da Investigação - através deste centro criado no tempo em que Ana Paula Duarte tinha a vice-reitoria para a Investigação, na gestão de João Queiroz - quer motivar a comunidade académica para, por exemplo, a publicação de artigos científicos. Distribuíram-se cartazes para cada Unidade, com títulos de revistas com melhor cotação na ciência e colocaram-se “quadros brancos nas paredes”, porque “a ideia é que em qualquer lado as pessoas se encontrem, criatividade não pode estar limitada”.
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