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As marcas emocionais
Paulo Rodrigues · quarta, 25 de fevereiro de 2015 · @@y8Xxv “O mundo das marcas é um mundo de símbolos, emoções e de social. Estudar tudo isto ao nível das neurociências é um grande desafio”. |
Foto: Nuno Pessoa |
21959 visitas Foi apelidando-o como “guru do marketing” que o Vice-Reitor Mário Raposo apresentou Luiz Moutinho. Catedrático na Universidade de Glasgow, autor de 27 livros e de mais de uma centena de artigos científicos, presenteou a UBI com uma vibrante palestra, no passado dia 21 de fevereiro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), intitulada “Neurosciense in Marketing: empirical evidence of social and emotional meaming conveyed by brands - Emotional brands”. Comunicador nato, portador de uma boa disposição contagiante, Luiz Moutinho vagueou pelo anfiteatro, indo ao encontro das pessoas que o interpelavam ou que ele questionava e provocava. Uma exposição bastante agradável, onde falou de uma forma exaustiva e didática de toda a investigação que tem levado a cabo nestes últimos anos, quer na Escócia, quer em Portugal. Passo a passo, Luiz Moutinho, levou o público até ao “mundo das marcas emocionais” e de como “estas transmitem símbolos, podendo assumir-se para os consumidores como positivas, indiferentes ou negativas”. O estudo centra-se na importância de conhecer como e que partes do cérebro estão mais ligadas aos estímulos provocados, por exemplo, pelos logos das marcas, bem como as diversas sensações que estes transmitem. Toda esta investigação é feita através de exames em diversos aparelhos médicos, nomeadamente, o FMRI – Functional Magnetic Resonance Imaging. O facto de estes equipamentos estarem localizados em hospitais, só podendo ser usados para investigação quando não são necessários para diagnóstico torna este tipo de investigação “demorada e cara”. Luiz Moutinho referiu ainda que esta e outras linhas de investigação relacionadas com as neurociências, marcas e emoções continuam a ser desenvolvidas, sendo os resultados destes estudos divulgados através de publicações em revistas científicas e de palestras proferidas pelos quatro cantos do mundo, desde Singapura, aos Estados Unidos, passando sempre por Portugal. Esta é uma forma de sensibilizar, as pessoas para estes temas, tratando, igualmente trazer mais investigadores para a área. O investigador realçou ainda que “não trabalhamos para empresas, o nosso trabalho não é dirigido para criar conhecimento e ferramentas para estas” e acrescentou “se assim fosse, ficariam com mais armas em seu poder de maneira a usar o marketing para influenciarem ainda mais as pessoas”. A palestra terminou com Luiz Moutinho a reafirmar a ideia de que “muito está por fazer, por descobrir nestas áreas” e que “para além dos aspectos técnicos que limitam a investigação, as comissões de ética também impõem alguns limites às experiências com pessoas ligadas a máquinas”. |
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