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Novas abordagens no treino de força em idosos
Paulo Rodrigues · quarta, 18 de fevereiro de 2015 · @@y8Xxv Mário Marques defendeu que a atividade física dos mais velhos produz melhorias na qualidade de vida desta faixa da população. |
21974 visitas Regressou há UBI o ciclo de conferências “Conversas de desporto… com ciência”. No passado dia 11 de fevereiro, pelas 18.45 horas, no anfiteatro 7.21 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, foi a vez de Mário Marques, docente e investigador do Departamento de Ciências do Desporto proferir uma conferência subordinada ao tema “O treino de força na população idosa: uma nova abordagem metodológica”. O orador defendeu que tratando-se de pessoas de uma faixa etária sensível, é importante investigar e consolidar os efeitos da força na população idosa, pois os treinos de força nesta idade traduzem-se num aumento da qualidade de vida e independência. “Isto mesmo está demonstrado por variadíssimos estudos”, mas também “é verdade que os métodos de treino são algo conservadores”, defendeu Mário Marques. Tendo por base os estudos desenvolvidos pelo seu grupo de trabalho, e que já resultaram em vários artigos publicados em revistas da especialidade, o modo de abordar este tema apresenta algumas inovações relativamente ao treino da população mais idosa. Assente em vários pressupostos, comprovados cientificamente, após um pico por volta dos 25/35 anos a força começa a decrescer, bem como a funcionalidade, somado a uma perda de massa muscular, e com o avanço da idade surge como uma grande preocupação “a queda do idoso e suas consequências”. E se por norma se trabalha só a força no idoso, este grupo de estudo introduz um novo paradigma: treinar a força sim, mas também treinar a funcionalidade. O que o grupo se propôs, segundo Mário Marques, foi “estudar o treino dos idosos introduzindo mais velocidade nos exercícios, mas diminuindo a carga”, salientando ainda que “todo este treino acompanhado de uma alimentação saudável e uma atenção especial à medicação, pode trazer ganhos maiores e multilaterais que só o treino de força muitas vezes não proporciona”. Para o Prof. Mário Marques “importa agora a Universidade fazer a ponte, a ligação à comunidade, levando este conhecimento às IPSS’s, às pessoas que trabalham estes aspectos com os idosos, e também divulgar estes estudos criando sinergias de modo a testarmos os conceitos e melhorarmos a qualidade de vida dos idosos”. Após a apresentação, seguiu-se uma sessão de perguntas e respostas com os presentes. Esta fase foi moderada por Daniel Marinho, presidente do Departamento de Ciências do Desporto, que para terminar informou que estas “conversas...” são para continuar, de forma a trazer para o debate investigadores de outras áreas, e também aproximar os investigadores da população. |
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