A Universidade da Beira Interior (UBI) está, nesta altura, a desenvolver iniciativas de aprofundamento da ligação aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). No âmbito desta estratégia de internacionalização, representantes da Embaixada de Moçambique em Portugal estiveram na Universidade, na última semana, onde foram abordados temas como os Regimes Especiais de Ingresso no Ensino Superior e o estatuto do Estudante Internacional entre outros.

A visita à instituição foi realizada pelo ministro Conselheiro e o 2.º secretário responsável pela Educação, tendo os representantes moçambicanos mostrado especial interesse pela área das engenharias, sobretudo Aeronáutica e Civil. Na UBI já estudaram 35 alunos provenientes deste país africano, mas atualmente há apenas um, daí que “haja interesse em recuperar essa ligação”, salienta João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino e Internacionalização. Apesar de, este ano, a UBI “ter duplicado o número de estudantes dos PALOP, queremos ir mais longe”, acrescenta o responsável.

A cooperação e procura em recrutar universitários nos PALOP continuarão com o seguimento de novas reuniões, estando previstos para as próximas semanas encontros com representantes de Angola, Cabo Verde e Guiné.

Uma novidade é a criação de um site da UBI dirigido aos PALOP, à semelhança do que acontece já com o Brasil, com o objetivo de divulgar a instituição junto de potenciais interessados em formar-se na Covilhã.

Os estudantes oriundos dos PALOP podem concorrer ao Concurso Nacional de Acesso em Portugal através de regimes especiais, tal como os atletas de alto rendimento ou oficiais das forças armadas. As vagas são divulgadas pelas embaixadas e consulados nos países de origem dos estudantes.

“Apesar das vagas e do concurso ser gerido pela Direção-Geral do Ensino Superior, estas entidades são os principais veículos de informação com os potenciais candidatos e entendemos que não deviam ser os únicos. Chegar mais perto do estudante PALOP é possível, mas só com a ajuda das embaixadas, por isso foram marcadas estas reuniões. O primeiro desafio é dar mais visibilidade à UBI, por isso estamos a apresentar as excelentes condições oferecidas pela Universidade, mas também a reafirmar a nossa firme vontade de cooperar com estes países na formação dos seus jovens”, afirma ainda o vice-reitor da UBI.

CONCURSO PARA ESTUDANTES INTERNACIONAIS

Além dos PALOP, a UBI continua a apostar na internacionalização. Recentemente os responsáveis da Universidade reuniram com elementos chineses, uma vez que a China – tal como o Brasil – é um dos países a merecer atenção nos próximos meses, altura em que estará aberta a primeira fase do concurso para estudantes internacionais. As candidaturas podem ser feitas entre segunda-feira, dia 9, e 27 de março.

Tal como no ano anterior, o concurso destina-se a países onde os estudantes do ensino pré-Superior realizem uma prova que corresponde aos exames de acesso em Portugal. No Brasil é o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), enquanto na China designa-se de Gaokao. “Uma prova feita por seis milhões de chineses, no último ano”, refere João Canavilhas.

Um número que permite avaliar a grandeza do sector educativo chinês e a importância que pode assumir para a instituições de Ensino Superior como a UBI.