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Faculdade de Ciências junta cientistas para divulgar investigação
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 21 de janeiro de 2015 · @@y8Xxv No 4.º Ciclo de Conferências, a Faculdade reuniu investigadores, alunos e docentes do Ensino Secundário. Um dia para divulgar a ciência da UBI, mas também o que se faz fora da instituição. |
Alexandre Quintanilha foi um dos presentes na conferência |
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Um dia dedicada à ciência e à troca de experiências de investigação entre elementos dos ensinos Secundário e Superior. Foi neste contexto que decorreu o 4º Ciclo de Conferências da Faculdade de Ciências (FC) intitulada "Ciência: Fazer, Comunicar e Ensinar".
Foram 12 as comunicações que abrangeram várias temáticas, com o objetivo de dar a conhecer investigações que são feitas nas universidades, mas também a forma de as comunicar.
Logo na abertura, José Eduardo Cavaco apresentou a conferência que dava corpo a um dos pilares da sessão. O docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) falou dos projetos de investigação que envolvem os alunos, mas também de iniciativas desenvolvidas para dar a conhecer o trabalho laboratorial aos estudantes do Secundário, de que é exemplo a Universidade de Verão, organizada no final do último ano letivo. Este exemplo da Faculdade de Ciências da Saúde não é caso raro e a própria Faculdade de Ciências tem incentivado divulgação científica, tendo este ano a decorrer a Academia Júnior de Ciências.
TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO
No sábado, dia 17, o 4º Ciclo de Conferências quis ser um espaço de “transferência de conhecimento entre as áreas científicas de matemática, física, química e biologia”, segundo Luísa Amaral, presidente da Faculdade de Ciências. Para a responsável “a presença de professores do Ensino Secundário permitiu o envolvimento destes nas atividades da Faculdade” e “possibilita o estabelecimento de sinergias entre os docentes Ensino Secundário e do Ensino Superior, com vista à melhoria da qualidade e da eficácia do processo de ensino-aprendizagem”.
Mas a abrangência do 4º Ciclo foi mais longe que as áreas específicas da FC. Foram apresentadas comunicações de elementos de outros centros de investigação como o CICS - Centro de Investigação em Ciências da Saúde (FCS-UBI), do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas de Lisboa e do Agrupamento de Escolas Nº 1 de Bejja/E.B.I Santa Maria.
Neste caso, ficou a conhecer-se o projeto desenvolvido no estabelecimento de ensino alentejano relacionado com a disponibilização de conteúdos escolares em “cloud”.
Durval Silva elogia eventos como este, por permitirem que a informação seja divulgada a todos os níveis de ensino, desde a pré-escola ao ensino superior”. Para o responsável do projeto alentejano, são fundamentais para “motivar os alunos para o desenvolvimento da ciência em Portugal”.
“INVESTIGAÇÃO COM POUCO APOIO NO PAÍS”
Um país que não tem sabido apoiar a investigação científica. “Os nossos bons cientistas saem para fora e não são apoiados, excepto no caso da Maratona da Saúde e a minha escola – que foi a primeira escola básica a participar em crowdfunding para os cientistas que ainda cá estão terem fundos para a sua investigação”, disse o docente alentejano.
Quando se fala de ciências, e num evento que reuniu cerca de uma centena de pessoas, como se disse, muitas delas ligadas ao Ensino Secundário, é inevitável abordar a menor apetência dos alunos para seguirem para esta área. Quem vem de níveis de ensino de base – como é o caso de Durval Silva – entende que é preciso motivar os estudantes.
“Há um afastamento das ciências mais exatas porque estas têm de ser muito bem estruturadas logo no início. Um bom aluno de certeza que foi um bom aluno na pré-escola e na escola primária. No Secundário, sendo ainda mais motivado, vê que a investigação é o futuro do País”, refere o elemento da E.B.I Santa Maria.
Quanto a Paulo Vargas Moniz, vice-reitor da UBI para área da Investigação, iniciativas como a organizada pela FC são “mais do que louváveis” e podem também contribuir para o incentivo dos estudantes: “A divulgação é importante para ir buscar alunos para a área. Não estamos aqui a pensar apenas na Faculdade de Ciências, mas também para as outras áreas do saber mais próximas, como é a das engenharias”, afirmou o responsável, acrescentando: “Temos de mostrar aos alunos como é que se faz ciência, que também tem um lado lúdico, porque como se costuma dizer, quem corre por gosto não cansa. Mas há um lado de esforço e é preciso muitas vezes mostrar aos jovens que os resultados em ciência não são um momento divino de inspiração. Não é para afastar as pessoas da ciência. É precisa que venham aos laboratórios ver como nós fazemos, divulgar e desmistificar as dificuldades. E quando chegam à universidade já não se assustam”.
O Ciclo inclui um Concurso de Posters e contou ainda com a presença de um dos mais destacadas cientistas nacionais: Alexandre Quintanilha, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, que abordou o tema “Neuro-potenciação: desafios e riscos.
Um dia dedicado à ciência e à troca de experiências de investigação entre elementos dos ensinos Secundário e Superior. Foi neste contexto que decorreu o 4.º Ciclo de Conferências da Faculdade de Ciências (FC) intitulada "Ciência: Fazer, Comunicar e Ensinar". Foram 12 as comunicações que abrangeram várias temáticas, com o objetivo de dar a conhecer investigações que são feitas nas universidades, mas também a forma de as comunicar. Logo na abertura, José Eduardo Cavaco apresentou a conferência que dava corpo a um dos pilares da sessão. O docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) falou dos projetos de investigação que envolvem os alunos, mas também de iniciativas desenvolvidas para dar a conhecer o trabalho laboratorial aos estudantes do Secundário, de que é exemplo a Universidade de Verão, organizada no final do último ano letivo. Este exemplo da Faculdade de Ciências da Saúde não é caso raro e a própria Faculdade de Ciências tem incentivado divulgação científica, tendo este ano a decorrer a Academia Júnior de Ciências.
TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO No sábado, dia 17, o 4.º Ciclo de Conferências quis ser um espaço de “transferência de conhecimento entre as áreas científicas de matemática, física, química e biologia”, segundo Luísa Amaral, presidente da Faculdade de Ciências. Para a responsável “a presença de professores do Ensino Secundário permitiu o envolvimento destes nas atividades da Faculdade” e “possibilita o estabelecimento de sinergias entre os docentes do Ensino Secundário e do Ensino Superior, com vista à melhoria da qualidade e da eficácia do processo de ensino-aprendizagem”. Mas a abrangência do 4.º Ciclo foi mais longe do que as áreas específicas da FC. Foram apresentadas comunicações de elementos de outros centros de investigação como o CICS - Centro de Investigação em Ciências da Saúde (FCS-UBI), do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas de Lisboa e do Agrupamento de Escolas N.º 1 de Beja/E.B.I Santa Maria. Neste caso, ficou a conhecer-se o projeto desenvolvido no estabelecimento de ensino alentejano relacionado com a disponibilização de conteúdos escolares em “cloud”. Durval Silva elogia eventos como este, por permitirem que a informação seja divulgada a todos os níveis de ensino, desde a pré-escola ao ensino superior”. Para o responsável do projeto alentejano, são fundamentais para “motivar os alunos para o desenvolvimento da ciência em Portugal”.
“INVESTIGAÇÃO COM POUCO APOIO NO PAÍS” Um país que não tem sabido apoiar a investigação científica. “Os nossos bons cientistas saem para fora e não são apoiados, exceto no caso da Maratona da Saúde e a minha escola – que foi a primeira escola básica a participar em crowdfunding para os cientistas que ainda cá estão terem fundos para a sua investigação”, disse o docente alentejano. Quando se fala de ciências, e num evento que reuniu cerca de uma centena de pessoas, como se disse, muitas delas ligadas ao Ensino Secundário, é inevitável abordar a menor apetência dos alunos para seguirem esta área. Quem vem de níveis de ensino de base – como é o caso de Durval Silva – entende que é preciso motivar os estudantes. “Há um afastamento das ciências mais exatas porque estas têm de ser muito bem estruturadas logo no início. Um bom aluno de certeza que foi um bom aluno na pré-escola e na escola primária. No Secundário, sendo ainda mais motivado, vê que a investigação é o futuro do País”, refere o elemento da E.B.I Santa Maria. Quanto a Paulo Vargas Moniz, vice-reitor da UBI para a área da Investigação, iniciativas como a organizada pela FC são “mais do que louváveis” e podem também contribuir para o incentivo dos estudantes: “A divulgação é importante para ir buscar alunos para a área. Não estamos aqui a pensar apenas na Faculdade de Ciências, mas também para as outras áreas do saber mais próximas, como é a das engenharias”, afirmou o responsável, acrescentando: “Temos de mostrar aos alunos como é que se faz ciência, que também tem um lado lúdico, porque como se costuma dizer, quem corre por gosto não cansa. Mas há um lado de esforço e é preciso muitas vezes mostrar aos jovens que os resultados em ciência não são um momento divino de inspiração. Não é para afastar as pessoas da ciência. É preciso que venham aos laboratórios ver como nós fazemos, divulgar e desmistificar as dificuldades. E quando chegam à universidade já não se assustam”. O Ciclo inclui um Concurso de Posters e contou ainda com a presença de um dos mais destacadas cientistas nacionais: Alexandre Quintanilha, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, que abordou o tema “Neuro-potenciação: desafios e riscos”.
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