Com um espetáculo ao ar livre e gratuito, com vista sobre o rio Tejo e bem no coração de Lisboa, milhares de pessoas deram as boas vindas a 2015. Na capital, as propostas eram muitas e davam para todo o tipo de carteira, mas a maioria das pessoas reuniu-se na Praça do Comércio e Ribeira das Naus, onde, como já é hábito, a festa se fez com música portuguesa e fogo-de-artifício.

Mesmo com as temperaturas a rondar os 0ºC, o “Up Lisboa 2015” arrancou pelas 22h, numa altura em que largas centenas de pessoas já aguardavam pelo concerto de José Cid. “Cai neve em Nova York", "Como o macaco gosta de bananas", “Mais um dia”, entre outros êxitos da sua carreira antecederam as 12 badaladas.

Ao som de aplausos, o céu de Lisboa iluminou-se e encheu-se de cor com um espetáculo de pirotecnia. Depois do champagne aberto e as passas comidas, a multidão saltou durante as primeiras horas do ano ao som de Xutos e Pontapés que começaram com “De Madrugada”, um dos êxitos de 2014 e terminaram com “Minha Casinha”.

Antoine veio de Lille, França, para passar a última semana de 2014 em Lisboa. A beleza da capital e a hospitalidade portuguesa serviram-lhe de motivo para uns dias que considera “inesquecíveis”. Já Montaigne e a sua família são alemães e vieram a Portugal pela segunda vez, depois de há 30 anos terem prometido voltar. “As pessoas, a comida e o fado”, revela Montaigne, nunca lhe saíram da memória e por isso quis entrar em 2015 na cidade das sete colinas. Habituados a viajar durante esta altura, revelam que apesar de já terem visto vários espetáculos pirotécnicos, este os surpreendeu.

Mas nem todos os que queriam assistir ao espetáculo o conseguiram fazer. Daniel é francês e chegou a Portugal em 2014, numa tentativa de procurar emprego. A sua primeira noite de fim de ano em Portugal não correu da forma como esperava, pois só conseguiu chegar ao Terreiro do Paço já depois da meia-noite, conta. Tentou ir “de metro, mas foi impossível”, devido à multidão que encheu as estações. Maria relata a mesma situação: veio de Santarém e tentou em conjunto com o seu grupo de amigos entrar no metropolitano de Lisboa, mas sem sucesso. “Penso que deviam ter dado outras alternativas de transporte, eram muitas pessoas e isso é algo que a organização já sabia à partida”, refere Maria que acabou por não conseguir apreciar o fogo-de-artifício.

Terminada a festa na Praça do Comércio, a noite continuou nas principais zonas de animação noturna. Na zona de Santos e no Bairro Alto a festa prolongou-se até ao nascer do sol. O “Up Lisboa 2015” foi uma organização da Câmara Municipal da cidade.