A forma de comemorar a passagem de ano é sempre uma incógnita. Sair de casa e ir a uma festa? Passar com a família ou com os amigos? O que comer? São muitas as perguntas que na maioria dos casos só têm respostas na noite de 31.

Em Lousada, a vila com mais jovens em Portugal, a tradição é ambígua. Uma parte aproveita a proximidade do Porto e passa aí a última noite do ano. Outros ficam na Lousada num dos muitos eventos criados propositadamente para esta noite tão especial. Para os que ficaram, alguns bares organizaram uma festa numa tenda montada no Complexo Desportivo de Lousada e proporcionaram um ambiente de festa para todos os gostos.

Adeskábir, um bar de Lousada, fez festa no Campo de Tiro. As portas abriram às 22h e a festa só terminou cercadas 7 horas da manhã. Sendo um espaço mais pequeno que a tenda, ainda assim, recebeu mais de uma centena de pessoas. Quem aderiu à festa pode contar com discos pedidos, Kizomba e música brasileira a cargo de Nuno Esteves. No final, para os amantes de um registo musical eletrónico, passou House Music,  com Carlos Cunha. Por fim houve ainda um after hours com The Ice Man. 

Mas nem todos optam por acabar o ano em bares e discotecas. A última noite do ano dos Ferreira é passado em família. A tradição lousadense manda comer bacalhau, seja cozido ou assado, sempre acompanhado pelas batatas, os legumes e um bom vinho tinto. Pouco antes da meia-noite, vão chegando amigos para celebrar a mudança do ano, conviver e, mais tarde, sair. Em casa desta família, não faltou o champanhe para brindar a um novo ano repleto de boas coisas: “um ano melhor do que o que passou”, como desejou o anfitrião da casa, José Nogueira. A famosa tradição das doze passas que se comem ao longo das doze badaladas é algo que não é tradicional nesta família: os filhos não gostam e os pais não ligam a esse tipo de tradição. “Comida, amigos, bebida e um bom sitio para acabar a noite”, segundo Carlos Sousa, lousadense de 23 anos, é a receita para uma boa passagem de ano.

Em Lousada,  mudança de ano ficou ainda marcada fogo-de-artifício na Avenida da Errenteria, que iluminou a noite durante largos minutos.