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UBI na criação de protótipo para antecipar diagnóstico de pé diabético
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 31 de dezembro de 2014 · @@y8Xxv O dispositivo intitulado Plataforma Tecnológica Termográfica foi desenvolvido pela UBI, Universidade de Coimbra e empresa Exatronic. Vai ser testado na Covilhã nos próximos meses. |
O protótipo que foi desenvolvido com a participação de uma equipa da UBI vai agora ser testado na Covilhã |
21969 visitas Começa a ser testada em 2015 a Plataforma Tecnológica Termográfica, um protótipo que contou com o trabalho da Universidade da Beira Interior (UBI) no seu desenvolvimento. O dispositivo permite a recolha e avaliação de imagens dos pés de diabéticos e, desta forma, conseguir um diagnóstico precoce que evite consequências como a amputação de membros. O ensaio clínico decorrerá na Covilhã, mediante uma parceria estabelecida com a Associação de Diabéticos da Serra da Estrela (ADSE). O desenvolvimento da Plataforma esteve a cargo de um consórcio que integrava ainda a Universidade de Coimbra e a empresa Exatronic. Na UBI, a equipa do Assisted Living Computing and Telecommunications Laboratory (ALLab) esteve mais envolvida no projeto, contando ainda com os contributos da Faculdade de Ciências da Saúde.
TESTES PRELIMINARES POSITIVOS Com o apoio de fundos europeus – a ideia foi financiada pelo projeto TICE.Healthy – pretendeu-se criar um sistema que nas primeiras experiências funcionou. “Os testes preliminares mostram que o produto de facto resolve algumas das questões que nós tínhamos inicialmente”, sublinha Nuno Garcia, docente da UBI e responsável pelo ALLab. A vantagem principal é poder identificar casos precoces de pé diabético. O problema “pode levar a ulcerações que podem levar a amputações”, explica Paula Sousa. Alerta o elemento da equipa - que desenvolveu o protótipo ao longo dos últimos quatro anos - que “se forem identificados os problemas, a parte toda da ulceração, da ferida do tratamento pode ser evitado. Isso vai aumentar a qualidade de vida do paciente e reduzir também custos que estão implicados nos tratamentos, muitas vezes nas amputações”. A Plataforma é aplicada para identificar casos de componente vascular e significa uma nova forma de diagnóstico. “Pretende-se avaliar a probabilidade do doente se envolver numa condição que é o pé diabético e isso pode ser feito nos consultórios com uma máquina deste género, algo que neste momento não existe”, acrescenta Nuno Garcia. Para que o dispositivo seja produzido, terá de passar por um processo de licenciamento que demora algum tempo, mas que poderá acontecer dentro de um ou dois anos, calcula Nuno Garcia, por ter caraterísticas que facilitam a sua aprovação: não é um aparelho evasivo, nem implica um risco de vida para o paciente. Se a afinação final da Plataforma correr como esperado, deverá ter então aplicação prática, tal como outros projetos no âmbito do TICE que contaram com a participação da UBI. “Claramente orientados para o mercado e para produzir mais valias para a economia”, como sublinha Nuno Garcia, acrescentando que no Departamento de Informática (DI) também se investigam ideias que não têm esta orientação imediata. Tudo de acordo com a estratégia da Universidade e do DI. “No envolvimento com estes projetos temos tido o máximo apoio da Reitoria e do Departamento. Uma das coisas em que se vê esse empenho é o espaço onde funciona o ALLab. Foi uma sala de aula e depois o local onde esteve uma start-up. O DI disponibiliza os seus recursos para apoiar, perfeitamente enquadrados na sua política e da própria UBI. E nós já estamos a trabalhar e a fazer projetos para daqui a três anos”, conclui. |
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