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Um "Salto" ao Festival Académico do Fundão
Urbi · quarta, 24 de dezembro de 2014 · O Pavilhão Multiusos do Fundão recebe, no dia 27 de Dezembro, o "Festival Académico". A iniciativa, organizada pelo Clube Académico do Fundão, vai juntar artistas como os Dj Lollipopz e SlimCutz ainda as bandas "Funk That Sheet", "Salto" e "The StoneWolf Band". O Urbi esteve à conversa com a banda "Salto" que promete uma noite muito animada ao ritmo do indie rock alternativo. |
Luís Montenegro e Guilherme Tomé Ribeiro da banda "Salto" (Foto: Paulo Cunha Martins) |
21986 visitas Guilherme Tomé Ribeiro e Luis Montenegro são dois jovens artistas que em 2007 decidiram lançar uma banda. "Salto" foi o nome escolhido para a formação. O projecto que começou como uma brincadeira depressa deu um salto tornando-se num verdadeiro caso de sucesso. Desde que começaram os "Salto" não têm parado. Concertos atrás concertos, que deram não só a conhecer a banda portuense mas que permitiram que esta chegasse aos palcos dos principais festivais de música do país. No próximo dia 27 de Dezembro a banda estará no Fundão e para além dos temas do primeiro álbum, homónimo, o conjunto vai apresentar o novo single "Mar Inteiro". O Urbi et Orbi conversou com a banda sobre como tudo começou, o caminho percorrido até ao momento, o novo single e ainda o concerto no Pavilhão Multiusos do Fundão.
Urbi et Orbi: Como e quando surgiram os "Salto"? Salto: Somos primos direitos e nos intervalos dos jogos de playstation adolescente fazíamos canções. Urbi: Qual é a origem do nome "Salto"? Tem algum significado especial? S: Sim. Foi o primeiro nome a surgir, gostámos dele e nunca o quisemos mudar. Faz-nos lembrar a nossa origem enquanto banda. Urbi: Desde que surgiram em 2007, como é que tem sido o percurso dos "Salto"? S: Tem sido um percurso de construção musical muito positiva. Temos tocado muito, feito muita música e as pessoas têm gostado muito de nos ouvir. Lançámos um álbum em 2012 e preparamos-nos para em 2015 lançar o segundo. Urbi: Que estilo de música é o dos “Salto”? S: Indie rock electrónico, embora beba de muitas mais influências. Urbi: Falem-nos um pouco do vosso primeiro álbum. É um trabalho homónimo, porque razão? Que tipo de músicas podemos encontrar nesse primeiro trabalho? E porquê a escolha do tema “Deixar Cair” para single? S: O primeiro álbum é o resultado das canções feitas entre 2008 e 2012, não apontando para um momento específico durante esses 4 anos, daí a escolha do nome homónimo. A música “Deixar Cair” acaba por resumir esse tempo, até porque foi uma das primeiras a ser feita, funcionando com um cartão de visita para aquilo que eram os "Salto" naquele momento. Urbi: O vosso primeiro álbum foi produzido pelo New Max dos Expensive Soul. Como surgiu essa oportunidade e como foi todo o processo de produção? S: A oportunidade surgiu através da nossa editora na altura, Valentim de Carvalho, que sugeriu trabalharmos com ele. Sendo grandes admiradores do trabalho dele, vimos isso como uma grande oportunidade para aprender, algo que se verificou durante todo o processo. Urbi: Como funciona o processo de criação dos “Salto”? São vocês que escrevem os vossos temas e compõem? S: Nos "Salto" compomos, escrevemos, gravamos, arranjamos, produzimos e muitas vezes até remisturamos - acabamos por estar envolvidos em todas as partes do processo. Urbi: Quais as bandas ou artistas que vos servem de referência? É neles que se inspiram ou onde vão buscar ideias para os vossos temas? S: Todos os dias ouvimos música nova e isso, naturalmente, acaba por nos influenciar e inspirar. Temos ouvido, Hiatus Kaiyote, White Denim, Pond, Mac DeMarco, Jagwar Ma, St Vincent. Urbi: Vocês são licenciados em Produção e Tecnologias da Música. De que forma é que essa formação vos ajuda na criação dos temas? S: Essa formação acabou por nos dar muitas ferramentas para produção, principalmente na parte mais electrónica da nossa composição. Urbi: De todos os temas que os “Salto” já têm, existe algum especial? Que seja o vosso preferido? Porquê? S: Sim - o último a ser feito é sempre aquele que gostamos mais - agora é o "Mar Inteiro". Urbi: O vosso novo single chama-se “Mar Inteiro”. Qual história por detrás deste tema? De que fala esta música? S: A música tem muito a ver connosco agora, já que se baseia numa personagem que procura ser inteiro e que acaba por entender que sozinho não consegue. Imaginamos um mar com várias cores e ambientes contemplado por a banda toda (que neste caso é mesmo a capa do single). Urbi: “Mar Inteiro” é o novo single. Para quando o álbum? Como é que se vai chamar? S: O albúm é para 2015 e o nome será revelado brevemente. Urbi: Existem muitas diferenças entre este novo trabalho e os temas do primeiro álbum? Ou procuraram seguir o mesmo estilo? S: Existe uma evolução natural consequência de dois anos de muitos concertos e muita composição, achamos que crescemos muito e evidentemente que esse crescimento se vai notar no segundo álbum. Esperamos surpreender positivamente as pessoas. Urbi: Vocês vão iniciar no Fundão uma digressão pelo país que só termina em Março. Quais as expectativas para estes concertos e em particular para o do dia 27, no Fundão? Como surgiu a possibilidade de vir tocar ao Fundão? S: As expectativas são de mostrar o single e alguns dos novos temas do segundo álbum e transmitirmos a alegria que temos de tocar ao público. Já tínhamos recebido o convite de ir tocar ao Fundão mas só agora é que foi possível marcar o tão aguardado concerto. Urbi: Com um concerto numa data tão próxima do natal vamos poder ouvir os “Salto” cantarem algum tema natalício? S: Quem sabe… Urbi: Quais é que são os vossos projectos para o futuro para além de continuar a saltar? S: Vamos de certeza continuar a explorar a nossa edição de batidas electrónicas, "Beat Oven" que é o resultado composicional mais instrumental da nossa paixão pela música electrónica e que vive por si só nessa edição. Urbi: Qual é a vossa opinião sobre a forma como hoje se ouve música, cada vez mais em formato digital? São a favor das novas plataformas de distribuição de música, através da Internet? Somos a favor. Existe sempre alguma controvérsia no que toca à liberalização do mercado musical mas a verdade é que a Internet acaba por ajudar muito a espalhar a música das bandas pelo mundo inteiro. Urbi: Deixem um convite aos leitores do Urbi et Orbi para assistirem ao concerto do dia 27 de Dezembro, no Pavilhão Multiusos do Fundão. S: Os Salto prometem, à parte de um concerto de qualidade magnífica, uma série de improváveis acontecimentos nunca antes vistos por terras de Fundão e que decerto contribuem para a grande potenciação dessa tão bonita terra. |
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