Entre lã, agulhas e chá, Teresa Roque, dinamizadora do workshop e enfermeira aposentada, tenta ensinar e aperfeiçoar a técnica das participantes. Desde muito jovem, Teresa interessou-se pelo tricot e pelo croché conseguindo, mais tarde, conciliar a sua profissão com os trabalhos artesanais. Atualmente dedica a sua vida somente ao artesanato.

Foi de uma maneira informal e acolhedora que decorreram as sessões. Como as participantes já possuíam algum conhecimento na área, a dinamizadora apenas teve que orientar e ajudar no aperfeiçoamento da técnica. O facto de o workshop ter sido divido em três sessões serviu para dar oportunidade às participantes trabalharem mais do que uma peça. Foi o caso de Helena Correia, responsável pelo Museu dos Lanifícios, que resolveu aprender, porque considera que “é uma ocupação muito relaxante para as horas vagas, podendo fazer coisas úteis para oferecer”.

Enquanto responsável pelo Museu, Helena Correia refere que estas iniciativas são organizadas pela direção porque é fundamental dar a conhecer e divulgar as artes tradicionais do tricot e do croché, preferencialmente junto dos mais jovens: “a maior parte das pessoas da nossa idade sabem fazer, porque aprenderam com as avós ou com as mães, mas os jovens de hoje em dia não”, refere Helena Correia. Esta iniciativa tinha, por isso, como objetivo captar a atenção dos mais novos, mas não foi bem sucedido.

Para Teresa, a iniciativa do workshop de Prendas de Natal só trouxe vantagens pois, “é uma maneira de as participantes oferecerem a amigos e familiares coisas feitas por elas próprias, que têm um valor sentimental diferente”. Só lamenta a adesão, pois nas três sessões apenas contou com cerca de três a quatro participantes. Por outro lado refere que superou "as expectativas, pois as participantes tiveram prazer naquilo que estavam a fazer e conseguiram alcançar o objetivo delas, conseguindo trabalhar naquilo a que se propuseram”.