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“Sporting da Covilhã é uma das minhas paixões”
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 17 de dezembro de 2014 · Continuado
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21988 visitas – Como se deu a entrada no Sporting Clube da Covilhã (SCC)? – Fiz a formação base no Amarante Futebol Clube até ao primeiro ano de júnior. Quando fui para a Covilhã ainda me faltava neste escalão e nem sequer sabia da existência do Sporting da Covilhã, quanto mais se tinha equipa júnior. Na altura, por influência de um amigo de curso, Jaime Pais, resolvi ir treinar lá, em detrimento da Associação Desportiva da Estação, mesmo estando este a disputar o Campeonato Nacional e o Sporting a jogar o Campeonato Distrital. Esse amigo foi bastante importante porque sempre me disse que, se eu desse nas vistas na equipa júnior, a subida a sénior ia ser bem melhor, pois era uma equipa com bastante visibilidade na II Divisão B e com expetativas de subir à II Liga profissional. E assim foi. Fiz uma época bastante boa nos juniores – fomos campeões distritais – e quando fui chamado por João Cavaleiro à equipa principal para fazer um treino normal, ele deu indicação ao presidente para fazer um contrato comigo. Foi uma sensação incrível. Nesse ano, ainda tive a oportunidade de realizar um jogo na II Divisão B e marquei o meu primeiro golo pela equipa. Subimos de divisão e foi o alcançar um sonho.
– Tem acompanhado a carreira do Sporting da Covilhã? Como analisa a evolução do clube que parece finalmente estabilizado na 2.ª Liga? – Sem dúvida que o SCC, ao lado do Rio Ave, é uma das minhas paixões e obviamente tento estar sempre dentro dos acontecimentos. Analisando, agora, os tempos que joguei no SCC, vejo que não era um clube tão estável quanto é hoje. A entrada do presidente José Mendes, que ainda foi meu presidente mas durante pouco tempo, veio dar estabilidade ao clube, muito graças à gestão que efetuou, dando ao clube maior e adequada consistência financeira. A continuar assim parece-me que vamos ter um SCC estabilizado na 2.ª Liga e, com os apoios necessários, um clube que poderá apostar numa subida ao escalão principal. É necessário que, antes de tudo, o SCC mobilize os “leões” adormecidos da cidade. O clube precisa de adeptos para crescer e depois os apoios vão aparecer.
– Que recordações tem dos tempos em que jogou no Sporting da Covilhã? – Passei tempos muito bons, como as subidas de divisão mas também momentos bastante tristes como as descidas. Mas o início de uma carreira profissional nunca se esquece. Os primeiros contatos com o mundo do futebol a sério foram no SCC. Conheci pessoas maravilhosas. É com lágrimas nos olhos que me lembro desses tempos.
– De onde lhe veio a alcunha pela qual é conhecido no mundo do futebol? – Tarantini foi-me dado pelo meu treinado Virgílio Martins, enquanto treinador da equipa júnior do Sporting da Covilhã e adjunto de João cavaleiro na equipa principal. Ele dizia que era muito parecido com Alberto Tarantini, defesa esquerdo da seleção argentina e campeão do mundo em 1978. De facto foi uma alcunha, no meio de tantas outras que já tinha, antes e durante a universidade, que perdura até hoje e acho que nunca mais vai sair. Hoje em dia apenas os meus pais e irmãs me chamam Ricardo.
– No início da carreira jogava na posição de ponta de lança e mais tarde recuou para o meio campo. Sente-se mais confortável nessa zona do terreno? – Comecei por jogar mais à frente. No entanto, entendi que para ocupar essas posições precisava de ser mais rápido e ágil, caraterísticas que, ao mais alto nível, fazem muita diferença e que não possuía satisfatoriamente. Aí comecei a trabalhar onde pensava que podia ser mais forte e fazer a diferença: posicionamento tático, boa resistência – que sempre tive – e algum trabalho de força analítica. Acabei por conseguir ter bom rendimento enquanto médio. Adoro jogar a médio, já não me vejo noutra posição. |
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