Aconteceu no dia 26 de novembro, no Café Covilhã Jardim, o último Café Literário do ano.  David Toscana apresentou sua nova obra “O Exército Iluminado”. 

O autor nasceu no México, mas atualmente vive em Varsóvia, Polônia, e é autor das obras “Las bicicletas”, “Estación Tula”, “Lontananza”, “Duelo por Miguel Pruneda”, “Los Puentes de Konigsberg” e “La Ciudad que el Diablo se Lhevó”. Em Portugal publicou “O Último Leitor” e “Santa Maria do Circo”, pela Oficina do Livro. Agora apresenta pela primeira vez o seu livro “O Exército Iluminado”, publicado pelas Edições Parsifal.

Manuel da Silva Ramos, escritor covilhanense, iniciou a discussão apresentando uma breve biografia do autor e fazendo uma viagem pela carreira literária de David Toscana.

Marcelo Teixeira, editor do novo livro, aproveitou a oportunidade para explicar um pouco da obra e suas referências.

David Toscana agradeceu a oportunidade e o convite, e ressaltou estar feliz em apresentar sua obra pela primeira vez na Covilhã por ser uma oportunidade para estar junto ao público.

Seguiu-se um debate onde não se discutiu apenas literatura, mas as visões do autor sobre questões como a morte, influências e a humanidade. Uma conversa informal em que David Toscana, mesmo não falando português, pode expor suas ideias e experiências, como a saída de seu país, México, e suas influências literárias em Portugal.

Quando questionado sobre as inspirações para o livro “O Exército Iluminado”, o leitor relatou suas recordações de infância por ter nascido na cidade em que ocorreu a primeira batalha na guerra de 1846 entre Estados Unidos e México. “Quando eu era menino e estudava esta guerra, em minha imaginação ganhávamos a guerra, e eu cresci vendo os estragos na cidade dessa guerra, via canhões, via prédios destruídos", disse Toscana.  Muitos anos depois queria escrever sobre a guerra, mas não encontrava forma. Certa vez passou em frente a um instituto para crianças com deficiências mentais e viu um homem bastante obeso e disse: "tu vais invadir os Estados Unidos e tu vais recuperar as terras. Bom ele não entendeu nada, mas eu o converti a um dos personagens, Ignácio Matus”, concluiu o autor.

No final da sessão, os participantes puderam comprar um livro autografado pelo autor.