Os escuteiros da Fraternidade de Nuno Álvares (FNA) participaram na colheita realizada na superfície Comercial Continente do Serra Shopping. “Estou a oferecer três horas do meu tempo”, conta Sandra Capota, escuteira há 20 anos.  Rui Pinto, voluntário há dez anos, afirma que “existe muita dificuldade em dar” devido a crise que é sentida no país.

Numa primeira fase, os alimentos são recolhidos pelos voluntários e depois seguem para um armazém, onde são selecionados, agrupados  e distribuídos pelas associações mais carenciadas.

Por volta das 18 horas do primeiro dia o banco alimentar tinha enviado cinco carrinhas para o armazém, metade do que foi recolhido no ano anterior. “No ano passado por esta altura já tinham sido enviadas dez carrinhas”, conta Sandra Capota.

“O Natal devia ser todos os dias”, afirma Maria Fazendeiro, habitante da Covilhã, que confessa ajudar o Banco Alimentar todos os anos. Por outro lado, João Lopes, habitante de Coimbra afirma que “as pessoas durante o Natal, ficam mais preocupadas com as  prendas e família”. Apesar dos produtos pedidos serem de baixo custo, a pouca adesão é sentida por parte dos voluntários e por quem ali passa.

“Ouve-se coisas boas e más”, conta Rui Pinto, que apesar das longas horas de trabalho confessa que este trabalho de recolha “é gratificante”, acrescenta.

O Banco Alimentar faz duas recolhas por ano, entre maio e junho, e novembro e dezembro. Todos os anos, os alimentos recolhidos enchem as mesas das famílias portuguesas.