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Encontrados os vencedores do primeiro “Chemistry Awards”
Cristiana Borges · quarta, 3 de dezembro de 2014 · @@y8Xxv Três projetos finais de licenciatura relacionados com a investigação de doenças crónicas foram os grandes vencedores do concurso. |
Participantes e vencedores com os cheques-prenda atribuídos pelo UBIQuímica |
21985 visitas João Serrano, licenciado em Química Medicinal, e André Oliveira e Petra Grilo, licenciados em Bioquímica, venceram a primeira edição do “Chemistry Awards”. A final do concurso, organizado pelo UBIQuímica, núcleo de estudantes de Química da instituição, decorreu na passada sexta-feira, dia 28 de novembro. João concorreu com um projeto de síntese de moléculas com potencial anticancerígeno. “Ultimamente tem-se mostrado que análogos do fármaco nimesulida têm esse potencial” e por isso João, vencedor da categoria de Química, sintetizou “moléculas parecidas estruturalmente com esse medicamento” para terem o mesmo efeito. Apesar de estar definido que existiria apenas um vencedor em cada categoria, Petra e André dificultaram o trabalho do júri e conquistaram ambos o primeiro lugar no curso de Bioquímica. No projeto de Petra, a doença de Parkinson foi o ponto de partida. Uma vez que não existe cura, “os estudos que existem são no sentido de aliviar os sintomas”, explica a vencedora que trabalhou com a dopamina, um neurotransmissor cujos níveis reduzidos são característicos da doença. Petra estudou uma forma de a dopamina não se degradar e consequentemente não reduza os seus níveis, de modo a que a doença não se prolongue. No caso de André, a doença de Alzheimer foi o foco principal e apesar desta envolver vários fatores, estudou apenas um: a formação de péptidos beta-amilóide. Atendendo aos tratamentos já existentes, André estudou a hipótese de um tratamento complementar. De forma a atenuar os sintomas purificou “duas proteínas que atenuam essa formação para eliminar esse péptido do cérebro”, uma vez que por ser neurotóxico provoca Alzheimer. Isabel Ismael, presidente do departamento de Química, foi uma das juradas do concurso e explicou que o júri tentou “não avaliar só o trabalho desenvolvido em laboratório, uma vez que este já havia sido avaliado por outros colegas professores”. Assim, o painel de jurados apreciou também o modo como foi apresentado o projeto e a forma como perguntas foram respondidas”. Em relação à ideia do concurso, Isabel Ismael refere que estas iniciativas dos estudantes são de louvar e que para os vencedores “um dia mais tarde quando forem para uma empresa será certamente importante ter no seu currículo que ganharam um prémio na universidade”. Andreia Alves, presidente do UBIQuímica, explica que o evento surgiu de forma a comemorar o 23º aniversário da associação e que achou que a forma mais correta de festejar seria com “um evento científico para dar formação pedagógica aos alunos que assistem e dar reconhecimento aos alunos que terminaram a licenciatura”. “Estes trabalhos ficam «arrumados na gaveta», depois de serem apresentados apenas para um júri e acabam por não ter visibilidade, por isso tentou-se colmatar essa falha”, refere. Apesar de não ter havido tanta adesão como gostaria que houvesse, devido ao “receio de mostrar um projeto com o qual já não têm contacto com há algum tempo”, Andreia faz um balanço positivo da atividade e pretende que esta “se perpetue no tempo”. Depois da primeira fase ter decorrido até 31 de outubro, data de entrega dos projetos, estiveram na final um total de dez projetos produzidos no último ano de licenciatura, entre os quais cinco que concorreram na categoria de Química (um de Química Medicinal e quatro de Química Industrial) e cinco na categoria de Bioquímica. |
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