- Que motivos o levaram a liderar a Lista A ao Conselho Geral da UBI?

- Considerando que, a representação estudantil não pode ser encarada com leviandade nem muito menos como acto esporádico na vida de um estudante, reflecti sobre os quase três anos em que desempenhei diversos cargos de representação estudantil dentro da UBI em que o contato com as diferentes realidades e dificuldades estudantis foram e são uma constante diária na minha vida enquanto estudante. Enquadrando este facto com a realidade actual que Universidade da Beira Interior atravessa e depois de ouvir muitos estudantes da nossa Universidade, entendi que esta seria uma oportunidade para o espírito corporativista de uma representação competente e abrangente que os estudantes precisam que continue no Conselho Geral da UBI, essencialmente depois do trabalho desenvolvido pelos quatro representantes da Lista C eleitos há dois anos e que agora cessam funções.

Estes valores, princípios e factos reflectidos pelos 15 elementos que constituem a Lista A, de 15 cursos distintos, representando as cinco Faculdades da UBI, são os motivos que me/nos levam a acreditar que é possível uma representação capaz e digna dos Estudantes da UBI.

- Qual a linha que melhor define a Lista A?

- A Lista A assenta em alguns princípios fundamentais, sendo eles: Transparência (uma constante necessária à saudável vida académica, na defesa da igualdade de oportunidades para todos); Solidariedade (apoiando as actividades que se assumem como fundamentais para a formação do estudante universitário); Responsabilidade e Cidadania (na defesa dos direitos dos estudantes, mas também no zelo pelo cumprimento dos deveres inerentes ao seu processo de formação universitária); Qualidade (do ensino, defendendo uma formação cientifico-pedagógica séria dos docentes, primando pela defesa da qualidade científica e educacional das diversas temáticas ministradas nas diferentes faculdades, havendo a necessidade de ter uma preocupação permanente na elevação da produção científica realizada); Responsabilidade Social (na ligação ao meio em que a UBI se insere, quer seja pela malha urbana e populacional envolvente, quer seja na ligação aos futuros empregadores dos licenciados, mestrados e doutorados da UBI, quer seja pela afirmação da UBI no panorama nacional e internacional, consequência da globalização das economias e do mercado de destino dos universitários ser agora o mundo, o que nos leva a novos desafios onde a criação de fatores que distingam os nossos finalistas sejam atractivos para se inserirem no mercado global e gerador de trabalho).

- De que forma pretende desempenhar o cargo?

- A Lista A encara este desafio com um sentido de responsabilidade e respeito para com todos os estudantes da Universidade da Beira Interior. Esta é uma lista que sabe quais os verdadeiros problemas dos estudantes, uma vez que todos os candidatos têm uma larga experiência na representação independente de todos os “ubianos”. É uma lista conhecedora da realidade do Ensino Superior a nível local, mas também nacional, em que temas como a Reestruturação do Ensino Superior, Orçamentos de Estado direcionados ao Ensino Superior, Ação Social, apoio à cultura, desporto e associativismo dentro da UBI são temas que estão na base de muitos dos problemas que os “ubianos” atravessam, temas esses que carecem de experiência e conhecimento para serem debatidos mas que acima de tudo precisam de pessoas capazes de apresentar soluções que defendam os interesses dos “ubianos”.

- Que projetos defende para a UBI que possam ser levados ao órgão?

As competências do Conselho Geral fazem deste órgão um centro de debate estratégico para a acção e missão da UBI. Neste sentido, é pertinente colocar em discussão, para além das matérias estatuariamente incumbidas ao órgão, como o seu orçamento e plano de actividades entre outras, questões de índole mais específicas da nossa Universidade, nomeadamente: A execução do Regulamento para as Bibliotecas, que actualmente coloca em trâmites sensíveis a integridade dos direitos dos Estudantes da UBI, nomeadamente através de coimas pecuniárias; O aumento de preços disfuncional da realidade Ubiana em variados serviços da Universidade, comprometendo uma Ação Social Indireta ajustada à realidade vivida, sendo urgente inverter este sentido; No que toca ao Abandono Escolar é necessário introduzir mecanismos de ação que previnam e detectem de forma mais eficiente este fenómeno existente; A Revisão do Regime Administrativo-Pedagógico, que deve ser discutido com os Estudantes, pois estes são parte integrante do processo; A Reorganização da Rede de Ensino Superior, tema fulcral para o destino da UBI e onde é fundamental preservar as áreas de ensino existentes, bem como definir a médio-longo prazo a vontade do saber e conhecimento a transmitir pela UBI à cidade da Covilhã e à Região; O acesso a condições dignas e indispensáveis que os estudantes necessitam para o desenvolvimento da sua formação.

São algumas das temáticas que queremos ver discutidas, sempre com orientação e agregando junto dos estudantes as diversas opiniões, para que os seus representantes neste órgão possam defender de forma transparente, responsável e de forma competente as soluções que a comunidade estudantil tem para a UBI.

Pedro Miguel de Melo Bernardo

Naturalidade: Covilhã

Curso: Mestrado de Engenharia e Gestão Industrial

Idade: 24 anos

Funções dentro da Academia:

-Atual Membro do Conselho de Faculdade de Engenharias da UBI.

-Presidente da AAUBI de Janeiro de 2012 a Janeiro de 2014;

-Membro do Conselho de Acção Social da UBI de Janeiro de 2012 a Janeiro de 2014;

-Membro da Comissão de Trabalho do CRUP para Avaliação e Abordagem ao Abandono Escolar no Ensino Superior em 2013;

-Membro da Comissão de Autoavaliação da UBI para reporte à European University Association em 2012;

-Membro do Senado da UBI em 2012;