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Super-A-Salto de Cinema na Covilhã
Sónia Pereira · quarta, 19 de novembro de 2014 · Curtas-metragens de animação, documentário e ficção estiveram em exibição ao longo do dia 13 de Novembro em diferentes espaços da Covilhã. Entre apresentações de trabalhos de alunos da UBI e produções nacionais, a cidade recebeu a primeira edição do “Super-A-Salto”. |
Sessão do "Super-A-Salto" no Centro Cívico Bar (Foto: Super-A-Salto) |
21972 visitas No dia 13 de Novembro a Covilhã foi tomada de “assalto” pela exibição de curtas-metragens. Ao longo de todo o dia foram realizadas diferentes sessões de cinema em vários locais da Covilhã no âmbito do festival "Super-A-Salto". A sessão de cinema de animação realizou-se no Bar Centro Cívico, a sessão de documentário na pastelaria Covidoce e a sessão de ficção, nas antigas instalações do banco Millenium, no Pelourinho. Três locais diferentes, três modos de fazer cinema, mas um objetivo comum: o de divulgar as criações e realizações cineastas portuguesas e dos estudantes da UBI. Tiago Primitivo, estudante de cinema na Universidade da Beira Interior, destaca a importância de divulgar estes trabalhos, numa altura em que tão pouca atenção é dada ao cinema português. "É extremamente importante que se realizem estes eventos ou festivais, até porque se no geral o cinema português já está cada vez mais esquecido, no caso das curtas-metragens em Portugal, estas são as únicas formas de divulgação de que dispomos", referiu o aluno. Durante as sessões de cinema de animação e de documentário muitas pessoas foram apanhadas desprevenidas por este “assalto” e não esconderam a surpresa pela realização de um evento deste tipo. "Se eu estava a contar em começar o dia desta maneira. Vinha simplesmente tomar o meu cafézinho como faço todos os dias e acabei por ter uma sessão de cinema gratuita. E ao tempo que eu não ia ao cinema. Foi muito giro, só deveriam era fazer mais vezes", confessou Teresa Reis, que se cruzou com o festival enquanto tomava café. Entre muitos curiosos houve quem parasse mesmo para assistir às sessões de cinema, aproveitando assim para fazer uma pequena pausa na rotina diária. À noite foi a vez da sessão de cinema de ficção ser apresentada ao público e entre trabalhos de alunos da UBI e produções nacionais, foram exibidas, no total, cerca de sete curtas-metragens ficcionais. A sessão contou ainda com a presença de João Nunes, que fez parte da equipa de produção do filme português "Os Maias", e que ganhou no ano passado o prémio de melhor curta-metragem de terror. Com um público maioritariamente da área de cinema foram muitos os intervenientes que colocaram questões ao convidado e que trocaram impressões sobre o estado do cinema em Portugal. Entre as perguntas que vieram do público, houve quem quisesse saber como é que João Nunes tinha conseguido alcançar o sucesso. O realizador foi directo e ironizou na resposta. "Como é que consegui o quê? Chegar ao grande ecrã? Da mesma forma que se consegue tudo em Portugal... Conhecia o diretor". No final da sessão João Nunes explicou ainda como é importante saber fazer cinema com os baixos orçamentos disponíveis em Portugal. O realizador deixou também alguns conselhos sobre o caminho que os estudantes de cinema podem seguir se quiserem obter bons resultados na área. |
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