Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Enchente nos “Míscaros” 2014
Sónia Pereira · quarta, 19 de novembro de 2014 · Pelo sexto ano consecutivo, o Alcaide recebeu o “Festival do Cogumelo”. De 14 a 16 de Novembro, a pacata aldeia recebeu milhares de visitantes. Entre bombos, ranchos folclóricos, tascas e atividades de rua, o Alcaide não “dormiu” durante os três dias do Festival |
Míscaros |
21962 visitas Na sexta edição, o festival “Festival dos Míscaros” contou mais uma vez com a participação de milhares de pessoas durante os três dias de festa. Tradição, criatividade e originalidade, é desta forma que muitos definem o festival. Licores, gastronomia à base de míscaros, artesanato temático e a já tradicional fogueira, são alguns dos pontos altos numa aldeia que foi decorada para o evento. São muitos os que abrem as portas de casas para apresentarem ao público as suas criações artesanais. Outros alugam espaços a artesão, como Estefânia Gonçalves, proprietária da tasca "Ternuras de Caria" já há três anos que aluga um espaço e destaca principalmente a educação e hospitalidade das pessoas da aldeia. “É o terceiro ano que aqui faço feira e é uma das que mais gosto de fazer. As pessoas são mais humanas, dão mais de si. Não é um festival tão virado para o sentido comercial, mas para o dar a conhecer, o mostrar, o manter de uma tradição e isso é algo cada vez mais raro de acontecer”, referiu. Apesar de um primeiro dia, 14 de novembro, mais fraco, sábado foi marcado por uma enchente numa aldeia onde habitualmente vivem pouco mais de 620 habitantes. Grupos de bombos locais e grupos de musicais vários pontos do país e de Espanha, animaram o dia e a noite daqueles que por lá passaram. É o caso de um grupo de animação de Bragança, "Os Caretos", que esteve no evento. Ricardo Pires, pertence ao grupo e esteve pela primeira vez no Alcaide. Destaca positivamente a organização do festival: "isto é muito giro, tem boa comida e boa bebida. Não me importava de voltar para o ano”, afirmo Ricardo. Jovens, crianças e pessoas de idade. Cada vez mais este é um evento para todas as idades e, segundo a organização, este ano contou com maior adesão dos mais jovens o que melhora o evento. “Estive cá no ano passado e não era assim tão frequente ver pessoal da minha faixa etária. Este aumento de interesse por parte dos jovens só tem a dar a ganhar, pois quantas mais pessoas souberem, mais divulgação terá e mais pessoas quererão vir conhecer”, explicou David Gonçalves. Doces típicos, compotas, tudo tem um toque de “cogumelo”. Variedades de cogumelos, cogumelos assados na brasa, sopa de míscaros (cogumelo), arroz de míscaros, bifanas com míscaros e pêssego e cada vez mais gente pelas “tasquinhas” a deliciar-se. Fora a comida, havia o "livecooking" ou ainda um carrossel à antiga e que fez as delícias dos mais novos, durante os três dias do evento. Puxado ao pedal e de estilo rústico, despertou a curiosidade de muitos. O senhor António “do carrossel”, destacou essencialmente a importância deste evento e o gosto que tem em participar nele. “Há quatro anos que venho cá e nunca desilude. As pessoas aderem bastante à ideia do carrossel à moda antiga e isso também acaba por dar mais gosto a trabalhar”. Pelo noite fora, mais animação e apesar do cansaço dos vendedores e dos grupos participantes, a animação manteve-se até de madrugada. Nem no último dia, 16 de novembro, e após tantas horas sem dormir, as pessoas desanimaram. Outro dia cheio, novos visitantes e o mesmo espírito são alguns dos segredos para o sucesso segundo Mariana Esteves. “Vim todos os dias e há muitas tascas que eu gostei e repeti em todos os dias. É incrível como apesar do cansaço, continuam com um sorriso no rosto e com a simpatia do primeiro dia. As ruas cheias e eles sem mãos a medir, mas sempre bem-dispostos. É bonito de se ver”, afirmou. Foram três dias de diversão, de tradição e de convívio e continuação de sucesso para a aldeia do “Cogumelo” que em 2015 deverá receber novamente o festival na mesma altura do ano. |
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|