Caracterizado por se afastar dos tradicionais moldes de venda ao público, o mercadinho tem como principal objetivo dar uma segunda vida às peças de vestuário esquecidas.

A ideia ainda recente na Covilhã defende a reutilização de roupas, “o que não serve para uns, serve para outras pessoas”, explica Marta Ferreira, uma das organizadoras do evento. Através de um processo de angariação, onde os interessados entregam os bens que pretendem à organização, o mercadinho cria o estoque de venda. Com preços que variam entre um euro e os sessenta euros, os visitantes têm a oportunidade de adquirir roupa e acessórios a preços mais baixos do que os praticados nos pontos de venda tradicionais.

A iniciativa da loja online Chic and Cheap, partiu das duas fundadoras, Marta Ferreira e Vera Gonçalves, depois de observarem que a venda em segunda mão é uma tendência que tem crescido e sido bem recebida noutras zonas do país. “Estas oportunidades existem nas grandes cidades como Lisboa e Porto, em que este tipo de negócios já é muito banal e trouxemos aqui para o Interior porque é preciso abaná-lo um bocadinho”, salienta Vera Gonçalves.

Esta é uma oportunidade de negócio não só para as organizadoras, que iniciaram o projeto por quererem investir em algo próprio, mas também para outras pessoas que podem lucrar com peças que já não utilizam.

Os produtos expostos passam por um processo meticuloso de seleção, onde se garante a qualidade das peças vendidas. “Pode ser uma venda em segunda mão, mas as roupas têm que estar em excelente estado, como se fosse de uma loja habitual, o que nem sempre é fácil de explicar aos clientes”, realça Marta Ferreira. Entre os produtos expostos encontram-se marcas conceituadas como Miss Sixty, Guess ou Armani, o que também ajuda na atração de visitantes.

Durante o primeiro dia de vendas, as expectativas iniciais foram superadas, tanto pelos números obtidos como pela reação e opiniões de quem visitou o espaço. Em comparação com o ano anterior, a organização admite que os resultados são melhores e a justificação encontrada é as diferentes épocas do ano em que as edições foram realizadas. A primeira, promovida em Julho, não permitiu que os estudantes, público-alvo nesta segunda edição, visitassem o evento.

Com as críticas positivas e apoio do público, Marta Ferreira e Vera Gonçalves prometem voltar com o projeto à Beira Interior. Na ausência física do evento, o mercadinho itinerante marca presença online através da página de facebook onde pode ser feita a comunicação entre a organização e os clientes.