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Arte Nova no Museu de Arte e Cultura
Vanessa Virgínia Ferreira · quarta, 12 de novembro de 2014 · A exposição "Itinerários: A Arte Nova" continua patente no Museu de Arte e Cultura da Covilhã. Até ao final do mês de Dezembro é possível descobrir não apenas uma das mais importantes coleções de azulejos de Arte Nova, mas também pedaços da história do próprio concelho. |
Cartaz da exposição "Itinerários: A Arte Nova" |
21959 visitas O Museu de Arte e Cultura da Covilhã recebe nos últimos meses do ano uma exposição de azulejos de estilo “art-nouveau”. A partir da coleção de Feliciano David, o museu transforma-se num espaço de arte nova e apresenta, nos vários pisos do edifício, verdadeiras obras de um estilo estético que ainda está muito presente na própria cidade da Covilhã. O Clube União, o Palacete Jardim, a antiga Empresa Transformadora de Lãs e o próprio Museu são alguns dos espaços onde ainda possível encontrar vestígios de um estilo que começa a desenvolver-se em Portugal em 1905, sobretudo nas áreas do design e da arquitectura. A cidade da Covilhã tem por isso um vasto património no que à Arte Nova diz respeito. Desde vitrais, a ornamentações em ferro, passando por padrões de tecidos criados nas fábricas do concelho são muitos os objetos que tornam a cidade uma referência vertente decorativa. Para o Coordenador dos Museus da Covilhã, Carlos Madaleno, a exposição é sobretudo importante como forma de mostrar às pessoas que possuem muitas vezes objetos que os objetos que possuem fazem parte deste estilo. “Estes objetos são reflexos de uma época bastante interessante em termos históricos e contextuais, a arte nova representa a emancipação, não apenas da arte que surge, como com a revolução impressionista, mas também uma emancipação da própria pessoa, sendo nesse sentido muito emblemática e muito representativa, por isso devemos preservá-la”. O responsável pelos Museus na Covilhã explica ainda que a ideia de organizar uma exposição dedicada à arte nova surgiu como uma forma de dar resposta ao próprio gosto pelo novo, que sempre houve na cidade. As peças de estilos do final do séc. XIX e inicio do séc. XX sempre foram as mais preservadas destaca o coordenador. “Nós quisemos chamar a atenção para esse patrimônio e começamos pela arte nova porque havia também a oportunidade de conjugar a exposição com a arte do azulejo que para nós é muito importante, com o colecionador que possui a maior coleção de azulejos do país e possui também a única coleção de arte nova de azulejos”. A exposição “Itinerários: A Arte Nova” só termina no final de Dezembro, mas Carlos Madaleno revela que já estão a ser pensadas outras iniciativas ligadas aos ecletismos e aos neomedievalíssimos. O Município da Covilhã destaca-se assim como um dos primeiros a receber uma das mais importantes exposições de azulejaria de Arte Nova em Portugal, numa coleção que resulta do trabalho levado a cabo por Feliciano David e Graciete Rodrigues ao longo de vários anos. |
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