Os docentes da UBI foram convidados pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) para debaterem os resultados da investigação realizada no NECE. Nestes resultados analisou-se o futuro do ensino do empreendedorismo a crianças e jovens de países em desenvolvimento. A investigação mostra que os alunos do ensino secundário dos países em desenvolvimento, adquirem atitudes e comportamentos empreendedores.

Anabela Dinis reconhece que existe uma dificuldade na implementação do programa que “é a própria formação dos professores”. A Universidade Pedagógica de Moçambique tem colaborado visto que estabelece a formação em Empreendedorismo tanto nas escolas como nos próprios professores.

Sublinhe-se que ainda não há professores qualificados suficientes, o que traz consequências como a ineficácia do ensino sendo que este vai demorar alguns anos para obter os resultados.

Este projeto está a ser implementado em vários países da África e da Ásia. Mas não é “uma solução única, não é este projeto que vai ajudar a resolver os problemas do desenvolvimento mas, pode ser uma ajuda a médio-longo prazo”, refere Anabela Dinis. A aceitação do projeto por parte da população dos países subdesenvolvidos tem vindo a ser positiva e pretende-se que as pessoas adquiram noções para construir o próprio futuro, porque “o trabalho é digno e importante”, dia ainda a investigadora.

O projeto teve como intuito a implementação da disciplina de empreendedorismo entre o 9º e o 12º ano, sendo uma disciplina obrigatória. Para além da implementação da disciplina de empreendedorismo o programa tem como componente a criação de pequenas empresas e também procura trabalhar a postura e as atitudes das pessoas.

Convidados pela UNIDO para debater o futuro do ensino do empreendedorismo a crianças e jovens de países em desenvolvimento, o objetivo é perceber o que falhou ou não ao longo dos seis anos em que o projeto esteve a decorrer. Os resultados do estudo só serão mais evidentes à medida que os anos passam.

O Fórum realiza uma discussão final com as várias partes interessadas presentes. O que se sabe à partida é que projeto é para deixar de ser especificamente da UNIDO e passar a ser exclusividade do Ministério da Educação.