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MedUBI preocupado com a saúde pública
Joana Lobão · quarta, 12 de novembro de 2014 · @@y8Xxv Como prevenir é o melhor remédio, o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior decidiu alertar os alunos para a propagação das doenças infeciosas e para os cuidados que estas exigem. |
Faculdade de Ciências da Saúde - UBI |
21966 visitas O MedUBI organizou, no passado dia 4 de novembro, uma palestra alusiva ao tema “Doenças Infeciosas e Saúde Pública”. O evento, que contou com a intervenção do especialista José Manuel Calheiros, professor na Faculdade de Ciências da Saúde, tinha como objetivo alertar os alunos para os problemas que existem atualmente com a saúde pública. Esta iniciativa surge no âmbito de um conjunto de atividades que o departamento de saúde pública do MedUBI criou. Até aqui têm sido feitos rastreios à comunidade, mas agora pretende-se desenvolver outras atividades "com o objetivo de dar a conhecer o que é a saúde pública e de que é que trata porque existe pouca informação a esse respeito”, refere Paulo Pinheiro, estudante de Medicina e colaborador do MedUBI. No início da palestra, José Calheiros começou por chamar à atenção para o facto de atualmente as populações dos países desenvolvidos pensarem que as doenças infeciosas estão controladas ou até que se extinguiram. Em Portugal, por exemplo, existem doenças infeciosas que continuam a estar muito presentes na população. “Neste momento, um dos grandes problemas continua ainda a ser o vírus do HIV, que tem vindo a mudar os grupos que afeta, e que se tem associado a outras doenças como a tuberculose ou as hepatites” acrescenta José M. Calheiros. Numa palestra muito interativa, muitas foram as questões colocadas pelos alunos, tendo o “Ébola” estado no centro da discussão. O crescente alarmismo que tem existido em torno da temática levou o professor a dizer que a “informação atempada e bem fornecida é absolutamente essencial”. Acrescentou ainda que neste momento é muito mais fácil haver estratégias de comunicação para as doenças infeciosas do que para “as grandes matadoras do dia-a-dia, como é o caso da diabetes, da doença pulmonar obstrutiva crónica ou do cancro", problemas que afetam milhares de portugueses e podiam ser prevenidos. "Aí não há alarmismo nenhum, há desleixo e desinteresse”, concluiu. O tema Ébola dominou a palestra, e percebendo que o assunto era o que mais preocupava, José Calheiros esclareceu que Portugal “está preparado e foram transmitidas as orientações todas no sentido de haver uma cadeia organizada, com o objetivo de impedir a amplificação da doença.”. No caso de algum indivíduo que viajou para um país de risco e que tem algum dos sintomas associados ao vírus como “febres altas, dores de cabeça fortes, vómitos, diarreia, dores abdominais e numa fase mais avançada, hemorragias, não deve ir para uma urgência, deve ligar para a Linha de Saúde 24 para ser devidamente aconselhado”, esclarece José Calheiros. No final da palestra, o professor alertou ainda para o facto de esta ser uma época propícia para o aparecimento do vírus da gripe e aconselhou a vacinação aos grupos de maior risco, como as pessoas com mais de 65 anos de idade ou com doenças subjacentes. O MedUBI garante que estas iniciativas são para continuar e esperam que os alunos continuem a aderir ao projeto. |
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