Desde 1980 que, no outono, o Teatro das Beiras organiza o Festival de Teatro da Covilhã. Este ano decorreu entre o dia 1 e 8 de novembro e teve como principal objetivo celebrar os 40 anos do grupo.

Apesar da crise que se vive atualmente no mundo artístico, o Teatro das Beiras apresenta, todos os anos, espetáculos infantis e peças de dramaturgos portugueses ou estrangeiros de grande influência. Esta é um "forma a dar mais cultura à população", diz Sónia Botelho, atriz e encenadora profissional do Teatro das Beiras. Ao longo dos anos, a companhia foi criando laços com outros grupos e, em cada festival, vão fazendo permutas com outras companhias profissionais, de forma a trazerem sempre algo de novo à região.

Com horários de espetáculos completamente distintos, foram várias as companhias de teatro que passaram pelo palco do Teatro das Beiras ao longo de mais uma edição do festival. 

“Depois de Darwin”, uma peça de Timberlake Wertenbaker, foi apresentada pela companhia profissional de Almada “Teatro Extremo”, com a interpretação de Bibi Gomes, Fernando Jorge e Rui Cerveira. A encenação ficou a cargo de Ana Nave, atriz e encenadora.

No ano em que festeja o seu vigésimo aniversário  enquanto companhia profissional, o Teatro Extremo, decidiu apresentar um espetáculo inserido no ciclo “EmCena a Ciência”, com o objetivo de promover uma relação entre a Arte e a Ciência. A  peça conta a estória de uma companhia de teatro que ensaia um espetáculo onde é retratada a relação entre Darwin e o capitão Robert FitzRoy. O capitão, ao longo da viagem circum-navegação, que dura cinco anos, não se mostra nada crente  quanto às descobertas que Darwin efetua durante esse tempo, no Beagle,  navio que ambos partilham. A recolha de informação durante a viagem conduzirá à Teoria da Evolução apresentada no livro “Origem das Espécies”. A peça "Depois de Darwin" subiu ao palco pelas 15h, no auditório do Teatro das Beiras, onde uma plateia maioritariamente composta por estudantes do ensino secundário aguardava ansiosamente.

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