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Alunas da UBI na lista de vencedores do I Prémio Jornal do Fundão
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 5 de novembro de 2014 · @@y8Xxv Trabalhos emitidos pela Antena 1 e um para televisão produzido no âmbito da licenciatura em Ciências da Comunicação foram eleitos pelo júri dos Prémios de Jornalismo entregues pelo Jornal do Fundão, autarquia fundanense e UBI. |
Os Prémios Jornal do Fundão foram entregues na última sexta-feira |
21958 visitas Duas reportagens emitidas pela Antena 1 e uma peça para televisão de duas alunas de Ciências da Comunicação da Universidade da Beira Interior (UBI) foram as vencedoras dos Prémios de Jornalismo Jornal do Fundão. As distinções foram entregues, na sexta-feira, dia 31, no âmbito de um galardão criado pelo jornal semanário, Universidade da Beira Interior (UBI) e Câmara do Fundão. O júri entregou ainda cinco menções honrosas nas duas categorias a concurso: Prémio António Paulouro para jornalistas detentores de carteira profissional e Prémio Estudantes do Ensino Superior, dos cursos de Ciências da Comunicação, Comunicação Social e Jornalismo. Ângela Oliveira e Regina Henriques, atualmente alunas de mestrado da UBI, concorreram com “E Tudo o Tempo Mudou”. Uma reportagem produzida no âmbito da disciplina de Ateliê e que lhes valeu a conquista do primeiro lugar na categoria de estudantes. E o que o tempo mudou foi percebido através de uma série de entrevistas a quatro mulheres da mesma família que são confrontadas com as alterações das mentalidades. “Nós gostamos muito desta peça. Acho que nos correu bem e foi um trabalho que deu gosto”, salienta Regina Henriques. O júri também apreciou a produção feita enquanto alunas do 3.º ano da Licenciatura e deu às duas alunas o primeiro lugar. “É para nós importante. Estamos ainda no mestrado, vamos lançar-nos no mercado de trabalho, e sair da faculdade já com este reconhecimento enche-nos de orgulho. É um gosto imenso”, acrescenta Ângela Oliveira.
PRÉMIO ANTÓNIO PAULORO PARA A RÁDIO Quando chegarem ao mercado de trabalho, as duas estudantes terão eventualmente oportunidade de concorrer à categoria destinada a jornalistas profissionais, que recebeu o nome de António Paulouro, o homem que fundou o Jornal do Fundão numa altura em que a imprensa enfrentava os constrangimentos impostos pelo Estado Novo e deu uma nova voz à Beira Interior. Para a história desta primeira edição entram os nomes de Rita Colaço, autora de “CSI – Chiado Sob Investigação”, e Mário Galego e Rita Colaço, que em conjunto produziram “O Regresso à Nacional”. Dois trabalhos que o júri – constituído por jornalistas e docentes desta área – consideraram com uma importante vertente local, aspeto que o regulamento do concurso definia como um critério decisivo na avaliação. A receber a distinção esteve Mário Galego, co-autor de uma reportagem que retrata os efeitos da crise nas SCUTS sem tráfego e do “trânsito infernal” que regressou às velhas estradas nacionais, onde o comércio, porém, agoniza sem clientes. “Nunca se imagina as pessoas que vendem à beira da estrada, das dificuldades que têm, nem por que é que os automobilistas vão mais para as estradas secundárias, agora que têm de pagar nas auto-estradas. Nem por que é que um senhor que tem uma taberna que não tem condições reconhecidas pela ASAE tem que fechar as portas, tendo ele na altura a única taberna, onde iam os clientes, numa terra que tinha precisamente o galardão de cidade do vinho”, explica o jornalista, acrescentando que “são estes contrastes locais, quase de rua, que depois se tornam de uma dimensão nacional e quase internacional”.
JORNALISMO É APROXIMAR REALIDADES Esta ideia de que o jornalismo serve para aproximar realidades distantes foi, de resto, uma nota destacada pelos responsáveis das entidades envolvidas na atribuição dos Prémios. “Ser jornalista, mais do que relatar é aproximar pela narrativa, pela paixão que ainda se coloca em cada palavra que nos conduz para essas realidades: ora próximas, ora distantes, ora ocultas”, defendeu Nuno Francisco, diretor do Jornal do Fundão, enquanto António Fidalgo, que, como docente, esteve ligado aos cursos de Comunicação da UBI, lembrou que “é preciso ter órgãos de informação da maior credibilidade possível, para que seja possível reagir de modo efetivo aos estímulos do ambiente”. “Informação não é um luxo. Informação é uma necessidade que determina a forma como as pessoas, como as sociedades se adaptam ao meio”, defendeu o reitor da UBI. Coube a Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão, alguma reflexão em torno do tempo de um jornalismo que enfrenta vários desafios: dos grandes fluxos de informação, às dificuldades financeiras. Nunca como hoje “houve tanta dificuldade em valorizar o trabalho de jornalista”, daí que o autarca considere a criação dos Prémios Jornal do Fundão “uma homenagem não só aos meios, a quem arrisca e trabalha para a sua sustentabilidade, mas também aos profissionais que são vitais para que a qualidade da informação se mantenha”.
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