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Câmara da Covilhã com orçamento de 34,7 milhões para 2015
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 5 de novembro de 2014 · A autarquia reduziu o orçamento para o próximo ano apostando no “realismo”. Os vereadores da oposição elogiaram o documento que não apresenta obras novas, mas reforça as transferências para as freguesias e os apoios à educação e ação social. |
Vítor Pereira classifica o orçamento da Câmara da Covilhã para 2015 como “realista” |
21983 visitas Ronda os 34,7 milhões de euros o orçamento da Câmara da Covilhã para 2015, cerca de oito milhões abaixo do valor aprovado para este ano. A proposta levada pela maioria PS à reunião extraordinária do executivo municipal de sexta-feira, dia 31, foi aprovada por maioria, onde se incluem as anuências dos elementos de PSD, CDU e vereador independente, Nelson Silva. Só o eleito pelo Movimento Acreditar Covilhã (MAC) se absteve na votação do orçamento, que inclui ainda a discussão das Grandes Opções do Plano (GOP). A aprovação dos documentos não foi unânime, mas quase. Pedro Farromba, do MAC, admitiu que a abstenção é “voto de confiança e de esperança no executivo”. Os restantes elementos da vereação aprovaram e teceram considerações positivas na apreciação global da proposta. “Orçamento realista e prudente” e “adequado à situação financeira do município”, classificou Nelson Silva, opinião partilhada, em maior ou menor grau, por Joaquim Matias (PSD) e José Pinto (CDU). Este último destacou o fim de uma tendência de inflacionamento dos valores orçamentados, que seriam regras em anos anteriores. Outros aspectos elogiados foram o reforço das transferências para as freguesias – “É a elas que os munícipes recorrem em primeiro lugar para a resolução dos problemas”, lembrou Joaquim Matias – e o reforço das áreas da educação e ação social.
OPOSIÇÃO SATISFEITA POR TER SIDO OUVIDA Por outro lado, a inclusão de propostas da parte da oposição agradou aos quatro representantes de partidos ou movimentos independentes. Nelson Silva destaca terem sido acrescentadas as sugestões que resultaram da auscultação feita aos munícipes e entidades do concelho; Pedro Farromba dá nota positiva à redução dos encargos dos pais em alguns escalões no sector da educação, na sequência de propostas que apresentou em reuniões anteriores. Reforço numa área que também satisfez José Pinto. Quanto a obras, não há para já nota de investimentos de vulto, além daqueles que transitam de anos anteriores. Neste plano, a autarquia prefere esperar pelas novas diretrizes relacionadas com os fundos comunitários e, mais tarde, rever o orçamento para ajustar o documento a futuros investimentos. Para já, a recuperação do Teatro Municipal é um objetivo destacado por Vítor Pereira. “Reputo-a de essencial”, explicou o presidente da Câmara, que revelou ter recentemente visitado o espaço com a responsável pela CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, para dar conta do estado em que se encontra esta “grande casa da cultura e das coletividades” da Covilhã.
ATIVIDADE ECONÓMICA CONDICIONA No que toca ao orçamento para o próximo ano, o autarca destaca que, “primeira vez nos últimos 20 anos”, há uma previsão de gastos “realista”, tendo em conta as dificuldades que se registam na atividade económica da região e do País. “Reduzimos ao mínimo as despesas correntes. Eram, no último orçamento, de 20 milhões de euros e este ano são de aproximadamente 18 milhões. Quero, no entanto, sublinhar que esta redução se verifica em todos os itens, exceto no que diz respeito às juntas de freguesia. Aqui, houve um aumento de 634 mil euros. Portanto, continua na nossa óptica a ser o orçamento das freguesias”, referiu o autarca. Sublinhando, “e agradecendo, os bons contributos de todos os vereadores para o orçamento”, Vítor Pereira sintetiza que o documento “não cria ilusões” aos munícipes: “Estamos a trabalhar com rigor e credibilidade, sem fantasias, apresentando milhões que depois na prática constatando que não é executado”. |
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