Neste ensaio, Gabriel Magalhães realça um aspeto positivo que Portugal tem vindo a desenvolver: ser uma sociedade pacífica. O livro faz uma análise da mentalidade portuguesa, tentando descobrir as diversas componentes que esta engloba, sejam elas positivas ou negativas. Trata-se de uma proposta que "serve para qualquer português, como uma forma de se orientar no mapa do seu país e de contribuir para que ele seja melhor", diz o autor.

Este livro é um ensaio que trata a situação nacional de forma crítica e otimista, no entanto, Gabriel Magalhães destaca que "não se negam aspetos negativos que existem, mas é para realmente chegarmos a uma felicidade coletiva". O autor diz que este livro é uma "radiografia que tenta detetar algumas doenças ou maleitas que Portugal tenha" para que os portugueses usufruam "de uma magnífica saúde".

Ao invés de encarar os problemas atuais numa perspetiva negativa ou pessoal, o autor tentou "olhar para esses problemas de uma forma mais ampla, mais abrangente" para que "as decisões sejam melhor tomadas".

Miguel Real, pseudónimo literário de Luís Martins, escritor, ensaísta e professor de filosofia, foi o apresentador da obra. Define este livro como "um original diagnóstico que desmascara a eterna política senhorial que nos domina". Refere ainda ser "uma proposta de fraternidade cívica como solução para Portugal que espantará o leitor pela originalidade".

Este livro poderá despertar interesse entre os portugueses, tanto pelo tema que trata como pelo momento em que o país se encontra. A obra é "uma sugestão, uma janela, uma varanda para vermos novos horizontes e eu sinto que há realmente um interesse grande à volta do livro", diz ainda o autor.

Gabriel Magalhães já tinha escrito um livro deste género, designado "Los Secretos de Portugal: peninsularidad e iberismo". Um livro sobre Portugal para quem sabia pouco dele.