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Era cerveja por todo o lado, no copo, no palco, no ar...
Cristiana Borges · quarta, 29 de outubro de 2014 · Continuado No terceiro dia da Receção ao Caloiro 2014, as portas do pavilhão multiusos da ANIL abriram-se para receber a Festa da Cerveja, cujo cabeça de cartaz foi José Malhoa. |
Autor: João Pedro Jesus |
22031 visitas Poucos minutos passavam das 23h30 do dia 20 de outubro, e já as filas para comprar bilhete ganhavam forma. Foram muitos os que esperaram horas para ter bilhete diário para a Festa da Cerveja. Maria Carvalho, aluna de Ciências da Comunicação, chegou por volta da meia-noite e conta com aborrecimento que, entre a fila para comprar o bilhete diário e a fila para entrar no pavilhão, perdeu “cerca de duas horas”. As portas foram abertas à meia-noite e meia, 30 minutos mais tarde que o habitual, uma vez que lá dentro ainda se ultimavam os preparativos. Fora da ANIL, quem parecia lucrar com a situação, eram as roulottes de venda de bebidas. Luís Nunes já tinha vendido um barril de cerveja desde as 20h00, mesmo com o preço a 90 cêntimos, 70 cêntimos mais caro que o praticado dentro do recinto. João Salvado, caloiro de Ciências do Desporto, foi um dos estudantes que só comprou entrada para este dia. “Tenho pouco dinheiro e optei mesmo por vir só hoje”, esclarece o estudante que mora perto e já tinha vindo a outras Festas da Cerveja, acabando por escolher este terceiro dia, que nas suas palavras “nunca desilude”. Mas então o que é que a noite do arraial, como vulgarmente chamam à festa da Cerveja, tem de diferente das outras noites do cartaz? Victor Pereira, licenciado em Engenharia Informática pela UBI, explica que “em primeiro lugar o arraial difere das outras noites no preço da cerveja”. O facto desta bebida ter um custo de apenas 20 cêntimos atrai mesmo muita gente e faz com que “ninguém se preocupe com o amanhã”. É uma noite de excessos que acaba por ser “aproveitada ao máximo”. Com o curso já terminado e a estudar agora noutra cidade, Victor conta que o motivo pelo qual volta à Receção ao Caloiro nesta noite é por esta ser “a melhor, aquela em que, verdadeiramente, todos os caminhos vão dar à ANIL”, aproveitando assim para rever velhos amigos. Foi ao som do seu acordeão, e acompanhado por cinco litros de cerveja, que Virgílio Faleiro, figura típica de todas as Festas da Cerveja, abriu o arraial. O artista, que é presença assídua na cidade refere que atuar tanto na Receção ao Caloiro como na Semana Académica da Covilhã é algo que adora fazer pois “estas semanas permitem a reunião de todos os ubianos”, um público muito estimado por si. Este ano, “a atuação teve um sabor especial”, o público manteve-se sempre ligado ao artista, que justifica a tamanha adesão com o facto de este ter sido “um ano de grande colheita de músicas”. A grande surpresa da noite foi José Malhoa, cabeça de cartaz, que mesmo não estando bem de saúde deu um espetáculo contagiante durante hora e meia. O cantor popular português, que só tinha vindo atuar à Covilhã há uns anos atrás a uma festa de Engenharia Civil, sentiu-se mal durante a tarde e chegou mesmo a ir às urgências do Hospital Pêro da Covilhã, onde lhe foi detetada uma crise de hipertensão arterial. Apesar do susto, José Malhoa mostrou-se confiante e entusiasmado na hora de subir ao palco, numa altura em que milhares de jovens aguardavam ansiosos por ouvir êxitos como “Baile de Verão”, “A Morena do Kuduro” e “Baile das Mulheres”. Terminada a atuação e num ambiente mais tranquilo, o artista revelou ter adorado o público, “Era cerveja por todo o lado, no copo, no palco, no ar… foi uma animação, adorei cantar na ANIL, gosto sempre de cantar para este público jovem que representa o futuro no país”. José Malhoa quis ainda deixar um agradecimento à AAUBI, pelo convite, referindo a sua disponibilidade para voltar a atuar em festas da Associação Académica da UBI. A noite terminou ao som de música eletrónica e ao ritmo do House Comercial, do Funk, Reagge, e Hip-Hop, com as recentes duplas de DJs, Os maLandros e Kiss.Kiss Bang.Bang. Nas últimas horas da mítica noite do arraial ubiano, não faltou dança e folia depois de 10 mil litros de cerveja consumidos, dados avançados por José Carlos Costa, coordenador da Secção de Comunicação e Imagem da AAUBI. |
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