Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Festival traz coros portugueses e estrangeiros à Beira Interior
Daniel Proença · quarta, 22 de outubro de 2014 · O Fundão recebeu, de 8 a 11 de outubro, a primeira edição do Festival Internacional de Coros da Beira Interior. O evento encheu o auditórios onde decorreu. |
O maestro Luís Cipriano congratula o Hargerstens Choir pela sua atuação. O coro sueco levou para casa o ouro. |
21964 visitas Foram nove os coros que participaram neste festival, a maioria dos quais portugueses. Subiram ainda ao palco o Hargerstens Choir, da Suécia, e o Silvicola, da Letónia, que levaram para casa o ouro e a prata da competição, respetivamente. Nenhum coro português optou por participar na vertente competitiva do projeto. Luís Cipriano, presidente da Associação Cultural da Beira Interior que, em conjunto com a Meeting-Music e a Câmara Municipal do Fundão, organizaram o festival, estava orgulhoso com o projeto. “Foi extremamente positivo porque, tirando o concerto de sábado à tarde, no Casino, todos os concertos estiveram completamente cheios”, diz. No entanto, admite que a sorte não esteve do seu lado. “Vieram nove coros. A média a nível europeu quando se faz uma competição de coros é de cerca de onze, doze coros, e nós tivemos um azar incrível, porque tivemos a desistência se sete coros da Rússia por causa do problema da desvalorização do rublo. Os coros ficaram sem dinheiro para vir.” O maestro mostra-se também dececionado com o facto de nenhum dos coros locais ter optado por participar na faceta competitiva do Festival, uma decisão que, apesar de respeitar, não o anima. “Quando o Coro Misto da Beira Interior ia para o estrangeiro, [os outros coros da região] diziam muitas vezes que se conseguissem arranjar apoios também gostavam de ir. Agora temos aqui um concurso onde não é preciso apoios e, efetivamente, ninguém se inscreve. Sempre fui acusado de ser radical, e de dizer que as escolas de música devem ser avaliadas pelo que produzem, e quando vejo que nenhuma escola de música está a produzir, parece-me grave.” Apesar de tudo, Luís Cipriano considera este primeiro esforço muito admirável. “Depois de arrancar, torna-se tudo mais fácil”. Diz que o plano é tornar o festival num evento bienal, e admite já ter tudo preparado para uma segunda edição, em 2016, com algumas mudanças no planeamento centradas no encorajamento de coros locais e regionais para competirem. “Vai ser oficializado um prémio para o melhor coro português. Os coros portugueses concorrem como os outros em várias categorias, mas o melhor coro português vai ser distinguido. Para além disto, vai haver um elemento do júri que, três meses antes, passa – se os coros o quiserem – por todos os ensaios dos coros portugueses, de maneira a dar a sua opinião e dar aos coros algum tempo para melhorar.” Para além dos espetáculos, que trouxeram ao Fundão e a Mação cerca de 250 pessoas, os participantes puderam ainda assistir a workshops orientados pelos elementos internacionais do júri. |
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