Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
UBI recebe Medalha de Mérito Municipal no aniversário da Covilhã
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 22 de outubro de 2014 · @@y8Xxv A Universidade da Beira Interior recebeu a Categoria Ouro na cerimónia de homenagens promovida pela autarquia que teve em José Sócrates a principal figura. |
António Fidalgo recebeu a Medalha de Mérito Municipal das mãos de Vítor Pereira |
21979 visitas O papel dinamizador nos campos científico e económico da Universidade da Beira Interior (UBI) foi este ano reconhecido pela Câmara da Covilhã, nas comemorações do 144.º aniversário de elevação a cidade. A instituição recebeu a Medalha de Mérito Municipal – Categoria Ouro, a mais alta distinção entregue pela autarquia a personalidades e entidades que mais se destacam na sua atividade. Na mesma cerimónia, José Sócrates – que também está ligado à UBI, como membro do Conselho Geral – foi homenageado com a mesma Medalha, recebendo ainda as chaves da cidade. Um reconhecimento pela carreira política e contributo para o desenvolvimento da Covilhã. Na segunda-feira, 20, foram ainda reconhecidos uma instituição e outros 10 covilhanenses. “A Universidade da Beira Interior – através das suas várias faculdades, serviços e centros de investigação e com um corpo docente altamente qualificado – é hoje um dos motores de desenvolvimento mais pujantes e vitais da nossa cidade”, justificou Vítor Pereira. “Todos os anos, através delas recebemos milhares de alunos de todo o País e de todo o mundo”, acrescentou o presidente da Câmara da Covilhã, momentos antes de entregar a Medalha de Mérito a António Fidalgo, reitor da UBI. A dinamização de parte significativa da economia, a produção científica, de inovação, de criação, de cultura e de vanguardismo, que “coloca a Covilhã num nível de prestígio internacional”, foram outros motivos avançados pelo autarca. O reconhecimento deixou António Fidalgo satisfeito e lembrou que a história da cidade está presente na própria instituição. “Nós ainda hoje continuamos a falar do Polo IV como sendo o Ernesto Cruz, uma fábrica, continuamos a falar das nossas faculdades como sendo as antigas fábricas, e o que é facto é que a Covilhã fabril renasceu, mas uma parte substancial foi convertida em faculdades. E, neste momento, nós temos aqui um verdadeiro renascimento da Covilhã, transformando uma cidade industrial, numa cidade universitária”, defendeu o reitor, manifestando a intenção de continuar a colaborar com a região.
JOSÉ SÓCRATES EM DÍVIDA Ainda que indiretamente, a UBI acabou por estar envolvida no principal tributo da tarde. A Faculdade de Ciências da Saúde é tida como investimento que teve o apoio de José Sócrates, e é um dos exemplos avançados por Vítor Pereira da influência do antigo chefe de Governo na cidade e na região, acrescentando à lista a autoestrada A23, Programa Polis, eletrificação da linha da Beira Baixa, recuperação do antigo Sanatório. “Como seria hoje a nossa agricultura sem o Regadio da Cova da Beira? Como seria hoje a Covilhã e a região sem o gás natural, que apenas estava programado para a faixa litoral do País”, questionou Vítor Pereira, ao listar os empreendimentos que não resultaram todos da decisão de José Sócrates, mas que foram decididos por Governos que integrou. “A Covilhã seria, hoje, uma cidade muito diferente e muito menos desenvolvida, não fosse o trabalho incessante e incansável, não fosse a determinação, a persistência e o empenho pessoal determinante e decisivo de um filho da terra que nunca esqueceu as suas raízes e o seu povo, por todos os cargos por onde passou”, acrescentou o autarca. Apesar de tudo isto, o ex-líder socialista reconheceu que ainda tem dívidas para com a Covilhã, que espera saldar brevemente, com uma série de escritos. Na cidade recorda o local onde o pai “foi feliz”, mas também os valores que adquiriu. “Foi-me oferecido viver num local que era no Interior do País o mais industrial. Portanto, onde a divisão de classes era mais visível e mais agressiva até. Aqui não havia igualdade de oportunidades. Aqui não havia escola para todos. Aqui não havia acesso à saúde para todos. Foi por isso que, de forma instintiva e natural, a valorização da igualdade fez de mim aquilo que sou: um socialista”, explicou perante um salão nobre dos Paços do Concelho completamente cheio.
EX-AUTARCAS, POLÍTICOS E SINDICALISTAS DISTINGUIDOS Na mesma cerimónia, a autarquia atribuiu medalhas de Mérito Municipal – Categoria Ouro às Conferências de São Vicente de Paulo – Zona da Covilhã, pelo trabalho de assistência aos mais desfavorecidos, e de Categoria Prata a três antigos presidentes de junta – José Pinto, Mendes Paulo e Arménio Matias – como homenagem ao poder local, “uma conquista do 25 de abril que comemora 40 anos”, explicou Vítor Pereira. A Categoria Prata também foi entregue ao cardiologista do Centro Hospitalar da Cova da Beira, António Peixeiro, ao técnico de equipas de basquetebol do concelho António Sena, e a José Cunha, conhecido como “Sr. Zé da Lisbonense”, que trabalhou numa confeitaria histórica do Pelourinho. Para reconhecer o papel do sindicalismo, foi distinguido Luís Garra, coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco, bem como Isilda Barata, já falecida, e que foi também uma das principais figuras do CDS-PP do município. No campo da cultura, a autarquia reconheceu o trabalho de poesia, prosa, professora e conferencista, entre outros, de Maria Ivone Vairinho, a título póstumo. A homenagem aos bombeiros e à missão que desempenham diariamente foi feita na pessoa de Pedro Rodrigues, “soldado da paz” que perdeu a vida num dos incêndios de 2013. |
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