Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Concerto de Missas Polifónicas na Igreja Matriz do Teixoso
Adriana Ribeiro · quarta, 22 de outubro de 2014 · No âmbito das comemorações do 3º Aniversário do Museu de Arte Sacra, a Igreja Matriz do Teixoso recebeu, no dia 17 de Outubro, um concerto de missas polifónicas. |
Concerto de Missas Polifónicas na Igreja Matriz do Teixoso |
21964 visitas Com base em manuscritos musicais dos séculos XIX e XX, o museu de Arte Sacra em parceria com o Conservatório Regional de Música da Covilhã apresentaram, na Igreja Matriz do Teixoso, duas missas polifónicas de compositores teixosenses. As missas da autoria de Luiz do Valle e Domingos José Coelho, artistas naturais do Teixoso, voltaram, 150 anos depois, ao local onde foram tocadas pela primeira vez. O evento, que integrou também as comemorações do 144º aniversário da cidade da Covilhã, representa para a freguesia do Teixoso um importante momento cultural. “É uma grande honra receber estes concertos, já que são uma forma interessante de cultura”, refere a secretária da junta de freguesia, Patrícia Fonseca. A recuperação destes manuscritos só foi possível graças a João Borrego, neto de um dos mestres da já extinta “Banda Nova do Teixoso”. As peças foram guardadas e preservadas ao longo dos anos até o museu de Arte Sacra iniciar a procura por obras de compositores locais. Carlos Madaleno, responsável pelos museus da cidade, explica que “desde a recuperação das partituras, o objetivo principal foi torná-las públicas”. A divulgação das peças através de uma missa surgiu por isso como uma opção natural, uma vez que elas foram originalmente escritas com esse propósito, refere o responsável pelos museus. As peças apresentadas nas missas polifónicas não foram, no entanto, tocadas na totalidade, já que não foi possível reunir uma orquestra para as interpretar tal como estavam nos documentos originais. O trabalho de preparação das peças começou ainda em 2013 com as montagens dos temas e os ensaios dos alunos. Manter o rigor litúrgico que esteve na origem dos trabalhos foi uma das preocupações do conservatório. “A adaptação das peças foi um grande desafio teórico pela dificuldade na descodificação dos manuscritos e leitura da música”, explica o professor responsável pela direção musical, João Pedro Delgado. O concerto de missas polifónicas representou, para o Museu de Arte Sarca, não apenas um momento de recuperação histórica de manifestos musicais, mas também de importantes personalidades para a região. "É muito importante preservar o património musical existente. O que mais existe em Portugal é património deste género a deteriorar-se em gavetas”, alerta João Delgado. O Museu de Arta Sacra e a Câmara Municipal da Covilhã estão agora a estudar formas de partilhar estas músicas com o maior número de pessoas. |
GeoURBI:
|