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Uma aterragem no mundo da leitura com João Rebocho Pais
Luís Freire · quarta, 22 de outubro de 2014 · João Rebocho Pais foi o convidado do “Café Literário” do mês de Outubro. A iniciativa da Câmara Municipal da Covilhã (CMC) trouxe ao Café Santa Maria a obra deste Comissário de Bordo, que acabou de editar o seu segundo romance. |
João Rebocho Pais e Manuel da Silva Ramos no "Café Literário" |
22007 visitas O Café Santa Maria, na zona histórica da Cidade da Covilhã, recebeu o escritor João Rebocho Pais em mais uma edição da tertúlia “Café Literário”. A sessão foi conduzida por Manuel da Silva Ramos, que deu a conhecer as obras já publicadas do autor lisboeta: “Intrínseco Manolo” e “Dizem que Sebastião”. Num ambiente intimista e para uma plateia reduzida, a noite iniciou-se com a interpretação de temas musicais por parte de alunos da Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI). A música deu depois lugar às palavras, com Manuel da Silva Ramos a apresentar João Rebocho Pais e a destacar a sua actividade profissional enquanto Comissário de Bordo. Para o moderador do "Café Literário" as viagens permitiram ao convidado contactar com diversas culturas e esse facto acabou por influenciar a sua escrita. “Intrínseco Manolo” , o primeiro romance do autor, foi descrito pelo também escritor Manuel da Silva Ramos como “soberbo”. A obra, passada no Alentejo, para além da escrita simples “tem outros trunfos (…) traça a vida quotidiana dos portugueses, tem uma história simples, possui um poder encantatório grandioso e além disso dá um prazer grande a ler”, salientou Silva Ramos. O segundo romance do autor, “Dizem que Sebastião”, foi também apresentado durante a tertúlia. O livro aborda diferentes questões que estão presentes na sociedade actual e que afectam a vida de homens e mulheres. O protagonista, Sebastião Breda, é um caso de alguém consumido pelo trabalho e pela técnica e "sem tempo para viver". Apesar de duas histórias distintas Manuel da Silva Ramos destaca que "o amor é o ponto comum entre os dois livros". João Rebocho Pais apresentou-se ele próprio como um leitor que, de repente e sem esperar, viu os seus trabalhos serem publicados e elogiados pela crítica. O número de vendas alcançado com o primeiro romance revelou o interesse do público e deixou o autor com vontade de continuar. Depois de ter escrito a primeira obra num contexto familiar e de amigos, como sempre quis fazer, foi com surpresa que o escritor recebeu o convite para a edição de “Intrínseco Manolo”. O processo de escrita nem sempre é fácil e Rebocho Pais confessou mesmo a dificuldade em gerir o trabalho criativo durante o segundo romance, uma vez que "a responsabilidade aumentava e parecia faltar uma certa liberdade, que retirava o prazer de escrever". A noite terminou com o diálogo entre a plateia e o autor, sempre moderado por Manuel da Silva Ramos. A iniciativa da Câmara Municipal da Covilhã (CMC), que começou em 2008, já trouxe até à cidade oitenta escritores, que apresentaram as suas obras na tertúlia “Café Literário”. |
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