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Festival Y dinamiza a cidade da Covilhã
Carla da Mata · quarta, 22 de outubro de 2014 · @@y8Xxv Organizado pela Quarta Parede, o Festival Y traz à Beira Interior os espetáculos mais contemporâneos que Portugal tem na atualidade.O Teatro das Beiras foi o palco escolhido para a 11ª edição do festival. |
Cartaz da performance "SweetSKIN" |
21978 visitas O evento, que decorre entre 8 a 25 de outubro, é “um festival de artes performativas que cruza várias disciplinas”, como afirma Rui Sena, diretor artístico da Quarta Parede. Os artistas convidados são todos portugueses, para que “o trabalho nacional, que muitas vezes é descredibilizado, seja valorizado e também devido à crise que o país atravessa”, declara Rui Sena. No quarto dia do Festival Y, 14 de outubro, a performance “SweetSKIN”, criada e interpretada pelo coreógrafo Rafael Alvarez, esgotou a sala do Teatro das Beiras com um solo que procura refletir os ‘modos de ver’ da sociedade e perspetivar a realidade através de um encontro improvável entre a personagem de um skinhead com as Suites para Violoncelo Solo de Bach. O convite surgiu por parte da EIRA, estrutura que produz o trabalho do artista e residente assídua das edições anteriores do evento. A “presença e ligação com o festival aqui na Quarta Parede tem sido de alguma forma regular”, declara Rafael Alvarez, coreógrafo do espetáculo. Explica ainda que “são várias as mensagens que a performance tem, embora seja muito importante deixar o público tirar as suas próprias conclusões acerca do que é interpretado”. Com esta peça pretende-se criar uma demonstração da forma como “vemos e julgamos os outros” e explicar como “construímos a imagem de alguém através do preconceito, produzindo sentidos para as imagens que vemos”, diz ainda o coreógrafo. Teresa Sumares, engenheira civil, afirma que “a performance do artista foi surpreendente e envolvente” e sendo a Covilhã uma cidade do interior “mais atividades como estas devem ser realizadas de forma a dinamizar a cidade”. A atuação, que teve uma duração de 50 minutos, criou diversas opiniões no público e para Susana Correia, estudante de Ciências da Cultura, “o espetáculo em termos visuais foi muito apelativo, mas demasiado conceptual e o público pode não ter recebido a mensagem da melhor forma”. O Festival continua com a presença de diversos artistas portugueses até ao final do mês de outubro no Teatro das Beiras. |
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