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Arnaldo Saraiva doa parte do acervo à Biblioteca da UBI
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 15 de outubro de 2014 · Continuado Os livros que estão duplicados no espólio do caseguense serão oferecidos à UBI. |
Escaparate dedicado ao Modernismo português |
22012 visitas A promessa foi feita ao reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) durante a visita inaugural que teve Arnaldo Saraiva como cicerone. Uma parte dos livros expostos já não saem da Biblioteca Central e serão doados à infraestrutura. “Prometi a António Fidalgo que o que tivesse em duplicado, porque alguns dos que estão expostos só tenho um exemplar, será doado a esta biblioteca que recebe esta bela exposição”, disse o homenageado, acrescentando que o faz com “muito prazer”. Em primeiro lugar, é a universidade da minha terra. Em segundo, é uma universidade à qual eu auguro um grande futuro e que tenho como universidade de grande importância para a região” explicou. As obras que serão doadas fazem parte de uma mostra que contempla os quatros eixos que atravessam a atividade de Arnaldo Saraiva. Há um escaparate com vinte obras dedicadas à literatura beirã, em duas vertentes: o conjunto de textos literários que abordam as Beiras e o conjunto das obras de autores oriundos das Beiras. Eugénio de Andrade, José Marmelo e Silva e Augusto dos Santos Abranches são exemplos de autores a que Arnaldo Saraiva dirige a sua atenção e que não podiam faltar no conjunto. “O Modernismo e Fernando Pessoa têm dois escaparates próprios, onde encontramos obras como O Modernismo brasileiro e o Modernismo português e Orpheu 3, o tal número da mais famosa revista do primeiro Modernismo português que ficou na gaveta durante décadas até ser desengavetado por Arnaldo Saraiva”, descreve Cristina Vieira, a curadora da exposição. À literatura brasileira dedica Arnaldo Saraiva ensaios que divulgam nomes como Drummond, João Cabral de Melo Neto ou Guimarães Rosa. “A quarta linha cardinal é a literatura ‘marginal izada’, trocadilho que problematiza em dois ensaios, incontornáveis, assim intitulados a divisão entre a chamada ‘alta cultura’ e ‘baixa cultura’. A expressão acabou por ser adoptado pela crítica, por explicitar os fatores literários e sociológicos que estão na base do desprezo do ensino de algumas formas literárias como o conto popular, a literatura de cordel ou a ficção científica”, descreve ainda a responsável pela organização do acervo. Há ainda duas linhas: a tradução e o estudo de poetas das mais diversas nacionalidades, portuguesa e não só, como Guilherme XI de Aquitânia, Sérgio Godinho ou Brecht. |
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