Trinta edições depois, o Sporting da Covilhã volta a receber o Benfica numa eliminatória da Taça de Portugal.
O dia do jogo é aguardado com muita ansiedade pelos covilhanenses mas, as expectativas de quem acompanha de perto o dia-a-dia da equipa da casa sabe que vai ser um jogo difícil. O clube serrano espera tirar o máximo partido da receção ao atual campeão nacional, quer ao nível desportivo quer ao nível económico.  “A nossa expectativa é que o estádio encha, mas não será fácil fazer valer o fator casa porque nós somos 3 mil sócios e do Benfica virá muito mais gente” disse António Prata, sócio número 547 do clube serrano. "Este será um jogo mais equilibrado do que o da final da taça, na época 1956/57", diz.
Os comerciantes também esperam que haja muita movimentação nas lojas da cidade. “Atendendo à hora do jogo e à crise, as vendas não serão muitas. Mas alguns almoçarão por cá e levarão certamente umas lembranças” diz Luís Monteiro, proprietário de um restaurante. Já Maria Ribeiro conta que “o jogo irá trazer bastantes benefícios ao comércio local" e conta ver um fim-de-semana com muito mais gente. "Para estes dias de festa há sempre uns troquinhos para gastar” remata a comerciante.
Os bilhetes para os sócios do Sporting da Covilhã foram vendidos até segunda-feira, 13, a 9 euros. Para os restantes interessados, as vendas começaram no dia seguinte, 14 de outubro, com o preço de 15 e 20 euros. A fila começou a formar-se às 7h30 da manhã, duas horas antes da abertura das bilheteiras, e no final da manhã já se tinham esgotado.
Setenta e três anos após o primeiro confronto para a Taça, os dois clubes voltam a encontrar-se num ambiente de grande expectativa. O histórico mostra um domínio do Benfica, como sete vitórias em dez encontros. Os restantes três jogos acabaram com um empate. No último encontro, em 1985, jogava no Covilhã um tal de César Brito, jogador que na época 90/91 marcou os dois golos que embalaram o Benfica para mais um campeonato após esta vitória em casa do Porto.