Arnaldo Saraiva, natural de Casegas, no concelho da Covilhã, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e ensaísta é homenageado pela Câmara da Covilhã, Universidade da Beira Interior e Casa da Cultura José Marmelo e Silva, no sábado, dia 11.

A Casa da Cultura José Marmelo e Silva, localizada no Paul, recebe o primeiro momento da homenagem, a partir das 15h30. A cerimónia inclui intervenções do director daquele espaço, Nélson Marmelo e Silva, da professora Paula Morão, do poeta Rui Lage e do músico e escritor Sérgio Godinho, cujas líricas foram estudadas por Arnaldo Saraiva, num dos seus ensaios. A Banda Filarmónica Caseguense prestará tributo a Arnaldo Saraiva com uma arruada.

A partir das 18h30, já na Covilhã, a homenagem continua na Biblioteca Central da UBI, onde será inaugurada uma exposição bibliográfica e documental da obra de Arnaldo Saraiva. A exibição, que ficará patente ao público até 9 de novembro, junta mais de 80 obras e 40 documentos, muitos deles inéditos.

Durante a inauguração irão usar da palavra o reitor da UBI, António Fidalgo, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, e a docente e Curadora da Exposição, Cristina Costa Vieira. O evento encerra com uma actuação das Adufeiras da Casa do Povo do Paul.

Arnaldo Saraiva é professor universitário, investigador científico e literário, ensaísta, cronista e poeta. Tem-se dedicado ao estudo das letras brasileiras e do modernismo português e a divulgar autores nascidos nas Beiras. São disso exemplo Eugénio de Andrade ou Marmelo e Silva.

Doutorou-se na Faculdade de Letras do Porto, onde foi docente de Estudos Brasileiros e Africanos. Em Paris, onde estudou sob a orientação de Roland Barthes, A. J. Greimas e Gérard Genette, foi professor convidado da Universidade Sorbonne Nouvelle. No Rio de Janeiro preparou a tese “Carlos Drummond de Andrade: do berço ao livro”.

Colaborou na Radiotelevisão e Radiofusão Portuguesa e está representado na “Antologia dos Poetas Brasileiros – Fase Moderna”, e Manuel Bandeira e Walmir Ayla e na “Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa”, de Maria Alberta Menerés e E. M. de Melo e Castro.