A última semana marcou o arranque da Pós-Graduação ICT para Cloud & Datacenter, formação que resulta de uma parceria entre a Universidade da Beira Interior (UBI) e das empresas Portugal Telecom (PT) e Syone. Trata-se da segunda edição do curso que se destina a formar técnicos numa área emergente no universo das tecnologias informáticas, que na primeira fórmula teve 100 por cento de sucesso, como destacam os promotores: todos os alunos – foram 15 no último ano letivo – ficaram empregados no centro de dados da PT.

Em 2014/15, o número de vagas aumentou para 18 e alguns dos conteúdos foram reformulados para dar resposta às necessidades dos estudantes e do mercado. É dado enfoque às componentes técnicas da Gestão em Data Center e às tecnologias de Cloud Computing.

O contributo de docentes e técnicos das três instituições é uma das grandes vantagens do curso, explica Paul Crocker. “Acho que hoje em dia é cada vez mais importante trabalhar com as empresas e fazer transferência de tecnologias e conhecimentos das universidades para as empresas e das empresas para as universidades”, refere o diretor da Pós-Graduação.

Intercâmbio de saber que é complementado com uma componente prática. A Pós-gradução prolonga-se por 11 meses, sendo 40 por cento do plano curricular composto por aulas e os restantes 60 por cento da formação em regime laboral de estágio remunerado para todos os alunos.

“As pessoas estão a ter aulas, numa primeira fase, e depois vão estagiar em projetos concretos, com sistemas reais de clientes reais, no Data Center da PT”, resumiu Eduardo Taborda, Diretor-Geral da Syone em Portugal, na quarta-feira, dia 1, após a cerimónia de boas-vindas aos novos alunos e de encerramento do curso, que no ano passado se intitulava TIC para TELCO. “Correndo tudo bem, teremos o sucesso da primeira edição, que termina agora. Todos os estagiários foram colocados a trabalhar na PT. Isso é a nossa maior métrica de sucesso”, acrescenta o responsável.

O nível de empregabilidade atual na área das tecnologias de informação também terá favorecido esta taxa de sucesso. O mercado “está ao rubro, em termos de pressão sobre os recursos humanos”, explica Eduardo Taborda, que considera Portugal um bom berço destes profissionais: “Somos bons nesta matéria, seja para empresas nacionais, ou para trabalhar no estrangeiro”.

Para aceder à Pós-graduação, os candidatos passaram por um processo de seleção criterioso que incluiu testes técnicos, psicotécnicos e uma fase final de entrevista, destinada a avaliar o perfil comportamental. Um processo que pretende garantir, “tanto quanto possível, o sucesso da formação e selecionar logo à partida pessoas que futuramente se pretende que venham a ficar a trabalhar connosco – na Syone ou na PT”, conclui Eduardo Taborda.