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Apresentação do Festival Y#11
Rui Reis · quarta, 1 de outubro de 2014 · O Festival Y está de regresso. Durante o mês de outubro a cidade da Covilhã vai ser palco de vários espectáculos, alguns dos quais centrados no tema do 25 de Abril. |
Rui Sena diretor artístico do Y e Jorge Torrão vereador da Cultura da CMC. |
21969 visitas Entre os dias 8 e 25 de outubro a Covilhã recebe de novo o Festival Y, o projecto promovido pela associação Quarta Parede e sob a direcção artística de Rui Sena. Este festival, com um vasto programa, trará à Covilhã o teatro, a dança e a música. Os 40 anos pós revolução dos Cravos será um dos temas em destaque e por isso dois espectáculos do Y serão dedicados a Abril, salienta o diretor Rui Sena. "A revolução de abril permitiu-nos a diversidade de opiniões, o acesso à arte de um modo plural e, essencialmente, permitiu-nos confrontar ideias. Não foi fácil este caminho, por um lado já longo e por outro tão breve. Tanto foi o que se fez e tanto o que ainda teremos de realizar… Porque para nós é importante assinalar esta data, a programação do Festival Y dedica dois espetáculos ao 25 de abril, trazidos pelas estruturas Teatro do Vestido e Mundo Perfeito/Tiago Rodrigues.” As artes performativas regressam assim à Covilhã no dia 8 de outubro, com o auditório do Teatro das Beiras a receber a peça Teatro do Vestido. O festival termina no dia 25 de outubro com a peça de teatro e dança “Medo de ser Matéria”. Para além do festival que terá lugar no mês de outubro, a Quarta Parede vai organizar, um mês depois, entre os dias 27 e 30 de novembro, uma residência artística. Nesse espaço pretende-se criar um ambiente transdisciplinar com profissionais de várias artes, com o intuito de debater ideias em torno da criação de um novo projeto cultural. Ao contrário de outras edições do Y, em 2014 o festival realiza-se apenas na Covilhã, por várias questões, entre as quais, a impossibilidade de conciliar datas nos diferentes concelhos e também devido aos cortes orçamentais no sector cultural, refere Rui Sena, o Director Artístico da Quarta Parede. Outra das novidades deste ano, é o preço dos bilhetes, que fica ao critério do espetador. “Embora este não seja um conceito inovador permitirá ser o espetador a avaliar o espectáculo”, realça Rui Sena. O Festival Y tem um custo global de 60 mil euros e conta por isso com diversos apoios. A Direção Geral de Artes financia a iniciativa em 25 mil euros, que conta também com a parceria da Câmara Municipal da Covilhã, ainda que não sejam conhecidos os valores da contribuição camarária. Na conferência de imprensa de apresentação do festival, a Câmara Municipal fez-se representar pelo vereador da cultura, Jorge Torrão, que não revelou valores e preferiu salientar o plano de apoio à cultura. Confrontado com outras questões relacionadas com o campo cultural, em particular a recuperação do edifício do Teatro Municipal, o vereador salientou que o problema está identificado e apontou o caminho que a autarquia pretende seguir, não apontando no entanto qualquer data para a intervenção neste espaço. Durante o mês de outubro serão assim muitos os espectáculos em exibição naquela que é já a décima primeira edição do Festival Y. Toda a programação do evento pode ser consultada na página do festival. |
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