Professores apresentados através de quadras escritas por alunos. Alunos a dar a conhecer o curso e a Covilhã aos novos colegas. Professores a representar um trecho de um auto de Gil Vicente. Foi com alguma informalidade bem-humorada que decorreu a sessão de boas vindas aos alunos do Departamento de Letras (DL) da Universidade da Beira Interior (UBI), na manhã de terça-feira, dia 23. Momento ainda para dar conta dos projetos do Departamento que integra a Faculdade de Artes e Letras e falar de níveis de empregabilidade.

Reunir todos os alunos do Departamento e aqueles que já se encontram em estágio numa viagem a Salamanca é uma ideia que está já em preparação por alguns docentes e que pretende promover o ensino para lá das paredes da UBI. “A aprendizagem não se confina apenas ao espaço da sala de aula. Estes momentos são importantes”, explicou Paulo Osório, presidente do DL, avançando que “outras atividades vão ser feitas ao longo do ano letivo”, com outro propósito. “Para que vocês se sintam bem na Universidade, de modo a que se sintam bem no Departamento”, disse, dirigindo-se aos alunos.

Numa altura em que se fala de problemas de empregabilidade dos professores, o responsável aproveitou para dar conta do sucesso dos formados na UBI. De acordo com Paulo Osório, “todos os alunos que se licenciaram em Estudos Portugueses e Espanhóis e fizeram mestrado via ensino tiveram colocação. E isso é um bom indicador”. “E passaram todos na prova de acesso” à docência, lembrou Graça Sardinha, diretora do curso.

A sessão era sobretudo para dar as boas vindas e falar do quotidiano que espera os estudantes, um dia a dia feito de deveres – “de ir às aulas, estudar, investigar e estar atentos ao que os professores recomendam”, disse Paulo Osório –, mas também de direitos: “Ter boas aulas, serem recebidos pelos professores quando houver necessidade e viverem a vossa vida académica”.

Os novos alunos tiveram também o direito de conhecer os docentes e o curso pelos mais antigos, a quem coube o ‘dever’ de ter um papel ativo na sessão. Um estudante do segundo ano caracterizou os professores num texto em verso, num momento de boa disposição, e quatro do terceiro ano fizeram o retrato do curso e da Covilhã.  

Destaque na cerimónia atribuído a quem frequenta Estudos Portugueses e Espanhóis, numa altura em que os alunos se mobilizam para outro projeto em desenvolvimento: criar o núcleo de estudantes do Departamento. “Sei que o processo está em marcha e até novembro será enviada a proposta. Podem, desta forma mais direta, dar apoio aos professores em algumas atividades”, conclui Paulo Osório.

Ainda durante a sessão, palavra para duas formadas em Língua e Cultura Portuguesas, licenciatura que antecedeu o atual curso de 1.º Ciclo: Ana Rita Carrilho e Sandra Morais deram testemunho de quem estudou no DL e com boas referências. “Aqui começa uma viagem para muitos, não só em termos profissionais, como pessoais. Aqui aprendi muito. Não só a trabalhar, mas também o que querer e esperar da vida. E têm um corpo docente fantástico, sempre presente e sempre disponível”, afirmou Ana Rita Carrilho.