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António Fidalgo pede aos novos alunos cultura de “responsabilização”
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 24 de setembro de 2014 · @@y8Xxv Na receção aos estudantes que chegaram à UBI, o reitor defendeu que tudo o que acontece tem um responsável e apelou aos alunos que procurem sempre respostas para aquilo que funciona menos bem. António Fidalgo explicou ainda o contexto da Universidade que considera ter as condições necessárias para que os alunos a vivam intensamente. |
Os estudantes que chegaram este ano à UBI receberam as boas-vindas do reitor e ficaram ainda a conhecer o Provedor do Estudante e o presidente da Associação Académica |
22007 visitas “Eu sou reitor e o meu nome é António Fidalgo”. Foi desta forma que o responsável máximo da Universidade da Beira Interior (UBI) deu as boas-vindas aos novos alunos da instituição. Na mesma sessão, ficaram a conhecer mais dois nomes importantes na organização da academia: Marco Saldanha, presidente da Associação Académica, e Luís Lourenço, Provedor do Estudante. E, mais do que caras, foi-lhes apresentada a UBI e a forma como esta se relaciona com a Covilhã. Universidade de proximidade, uma das características mais destacadas pela instituição, pôde logo ser percebida por alguns ainda antes da sessão que teve lugar na Faculdade de Ciências da Saúde, na quarta-feira, dia 17. Como relatou durante o discurso, António Fidalgo encontrou um grupo de estudantes junto ao Pólo principal e fez questão que o acompanhassem até ao local da cerimónia, para onde se deslocou a pé com o grupo. Imagem simbólica do processo de personalização que se vive na UBI e que o reitor comparou ao funcionamento de uma “grande família”, à semelhança do que já tinha sido sublinhado, dois dias antes, nas receções das faculdades de Ciências da Saúde e Ciências Sociais e Humanas.
NO SEIO DE UMA FAMÍLIA António Fidalgo aproveitou a metáfora para transmitir uma outra ideia que quer ver cumprida na instituição: responsabilização. “Se são da família, todos são responsáveis. Ninguém pode achar ou dizer que não tem nada que ver com algo. Se há coisa que temos que evitar e que vai contra o espírito da família é a culpa morrer solteira”, explicou, dando exemplos para incentivar nos alunos a procura de repostas: “Quando não encontrarem um responsável, ele é o reitor. Sobretudo nas falhas. Portanto, o apelo que faço é que não se acanhem, não tenham medo de perguntar por que é que isto ou aquilo não funciona. Por que é que uma aula não é dada ou um laboratório está fechado, por que é que a biblioteca não tem um livro de que precisam. Perguntem e exijam sempre saber quem é o responsável. É isto que vos é pedido: que sejam intervenientes e exigentes”. Para falar das vantagens de estudar na UBI, António Fidalgo recorreu ao exemplo do Ensino Superior dos Estados Unidos. “Quando estão a viver a Covilhã, efetivamente estão a viver a universidade e isso é muito bom porque é o sistema de ‘college’ americano, onde os alunos vivem essa realidade 24 horas por dia, os sete dias da semana.”
UNIVERSIDADE QUE TEM UMA CIDADE DENTRO Isto porque na “Covilhã, não é a Universidade que fica dentro da cidade”, mas sim “a Covilhã que fica dentro da Universidade”. “Se vocês forem daqui [FCS] à Carpinteira, onde estão as Ciências Sociais e Humanas, têm de atravessar a cidade toda”, exemplificou. Sobre a vida universitária, definiu-a como os melhores tempos da vida dos estudantes – “onde vão fazer amigos para a vida e eventualmente encontrar os pais ou mães dos filhos” – e fez novo pedido: “Não deixem que vos estraguem este período”. Uma palavra para a praxe, “que não é obrigatória para ninguém” e, portanto, “se alguém não quiser participar, não participa”, disse António Fidalgo, que ouviu, mais tarde, Luís Lourenço reafirmar que há a “opção de dizer não”. O Provedor do Estudante aproveitou para lembrar aqueles que estão “dispostos a participar nesse tido de integração da vida académica” que ela deve ser “alguma coisa de fraterno e não dominador”.
PROVEDOR AO SERVIÇOS DOS “LEGÍTIMOS DIREITOS” DOS ALUNOS A sessão era de apresentação e Luís Lourenço explicou que ocupa um cargo que existe para fazer com que a Universidade esteja a trabalhar pelos legítimos interesses dos estudantes. “O que eu gostaria é que não fosse necessário. Que tudo corresse bem”, sublinhou. Mas como “o mundo real não é perfeito”, o responsável lembrou que a Provedoria do Estudante existe para ouvir e para “tentar encontrar a solução para todos os pequenos ou grandes problemas que eventualmente surjam na vossa vida enquanto alunos da UBI”. Marco Saldanha, por seu turno, assumindo-se também como representante dos estudantes, apresentou a Associação Académica e as suas várias áreas de intervenção, desde a pedagógica, desportiva, à cultural. “A casa azul – sede da AAUBI – passa a ser a vossa casa”. |
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