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Intercâmbio de estudantes estrangeiros divulga saúde portuguesa
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 13 de agosto de 2014 · UBI Faculdade de Ciências da Saúde e Centro Hospitalar receberam estudantes de medicina estrangeiros. Um intercâmbio para aprender e ficar a conhecer diferenças. |
O grupo que esteve até final de julho, no Centro Hospitalar da Cova da Beira |
21967 visitas A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) e o Centro Hospitalar da Cova da Covilhã (CHCB) tiveram nas últimas semanas de julho 18 estudantes da área da medicina a conhecer e trabalhar nas duas instituições. O intercâmbio internacional é desenvolvido pela Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) em parceria com as congéneres internacionais e, ao nível local, com o MedUBI – Núcleo de Estudantes de Medicina da UBI. Uma oportunidade para trocas culturais e científicas, que agradou aos participantes. Winnipeg, no Canadá, e Barcelona, na vizinha Espanha, foram duas das cidades de onde vieram participantes no intercâmbio deste ano. Blacke Mackay, canadiano, esteve a “estagiar” no CHCB, juntamente com 11 estrangeiros. Os restantes sete participaram em atividades de investigação na FCS-UBI. Reconhece que o nível de cuidados de saúde que encontrou na Covilhã está próximo daquilo que se pratica no seu país.
CLIMA DA COVILHÃ INCÓMODO As diferenças são pequenas, mas para quem vem de “uma das cidades mais frias do planeta”, segundo a classifica, “a temperatura da Covilhã é incómoda”. Ao mesmo tempo, considera a cidade “um sítio maravilhoso”. E voltar para trabalhar na região? “Será difícil vir para cá trabalhar, vindo do Canadá. Para ser sincero, há muitas barreiras, mas se houver uma oportunidade será naturalmente de considerar”, disse, concluindo que encontrou um hospital “muito bem equipado e preocupado com os doentes. Eles põem muitos recursos para produzir grandes médicos”. Os estudantes, de vários anos de medicina, passaram por alguns serviços dentro do Hospital Pêro da Covilhã: pediatria, neotalogogia, enfermaria pediátrica e ginecologia, entre outros. Évora Igual, de Barcelona, andou pela Cirurgia Geral, e aprendeu “a suturar”, explica. Um conhecimento que certamente terá utilidade no prosseguimento da sua formação, uma vez que considera o estudo e os cuidados de saúde portugueses e espanhóis “muito semelhantes”. Semelhanças que nem sempre são visíveis, de país para país, e essa descoberta constitui uma das mais-valias do projeto. Miguel Castelo Branco salienta que é importante para os estudantes conhecerem as diferenças. “Os estudantes ficam a saber aspetos das culturas, das tradições e das gentes. E percebem que existem diferenças, porque é muito importante para o médico vê-las do ponto de vista cultural e étnico. Este programa é um reforço dessas atitudes”, defende o presidente do Conselho de Administração do CHCB, acrescentando “que também percebem que existem diferenças de organização até nos hospitais e nos cuidados de saúde”. O responsável entende que a participação em projetos como este serve para mostrar que o CHCB “faz boa medicina”, mesmo estando situado numa zona desfavorecida. |
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