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Regulamento da Biblioteca da UBI em discussão
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 6 de agosto de 2014 · UBI As novas regras estão em debate e vão entrar em vigor no início do próximo ano letivo. Categorias de leitores, acesso e períodos de requisição de documentos são alvo de atenção do regulamento. |
Biblioteca Central da UBI |
21987 visitas A Biblioteca da Universidade da Beira Interior (UBI) terá a partir do próximo ano letivo um regulamento que irá organizar todo o funcionamento da estrutura. Ficam definidas as categorias de utilizadores, é organizado o acesso e são definidos os serviços prestados, entre outros aspetos que dizem respeito ao funcionamento dos quatro espaços que constituem a Biblioteca. O documento está em discussão até meados deste mês e fez parte de uma estratégia que teve como objetivo, além da organização da estrutura contribuir para que a função de apoio ao ensino e investigação seja cumprida em pleno. Visitar a Biblioteca Central em 2014 é uma experiência oposta àquilo que acontecia até aos últimos meses do ano passado. Com a disponibilização de salas em outras zonas que não o espaço destinado a leitura, eliminou o ruído constante originado pelas centenas de pessoas que usavam o local para trabalhos de grupo e é agora possível ler individualmente com tranquilidade. Esta alteração foi o primeiro passo para colocar a Biblioteca Central (BC) como um local privilegiado de estudo ou produção intelectual e que agora funcionará com novas regras, que vão abranger todos os espaços da Universidade destinados à consulta e requisição de documentos – não apenas livros – de apoio às atividades científicas: além da Central, fazem parte do conjunto as bibliotecas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (BFCSH) e da Faculdade de Ciências da Saúde (BFCS).
CRIAR PROCEDIMENTOS UNIFORMES “A Biblioteca tinha um conjunto de regras que estavam vigentes, mas que eram extremamente avulsas e bastante desconexas. Não constituíam propriamente um regulamento como tal. As peças têm que encaixar umas nas outras, para haver procedimentos uniformes”, explica José Rosa, Professor Bibliotecário indicado pela atual reitoria para coordenar a estrutura. Há grandes áreas a ter em conta no regulamento. Continuar o processo de criação de um ambiente propício à leitura, definir seis tipos de utilizadores, estabelecer sanções para quem não cumpra as regras, definir novos prazos para o empréstimo de livros e regular acessos – será permitido apenas por quem tiver cartão, salvo os visitantes – e serviços são os pontos-chave de um regulamento que desde que entrou em processo de discussão pública, “já recebeu contributos muito positivos e construtivos”, segundo José Rosa. Os utilizadores da Biblioteca vão dividir-se em seis categorias. “Leitores internos” – docentes, investigadores ou alunos – e “leitores externos”, pessoas sem ligação à UBI, englobadas num estatuto que surge com o objetivo de estabelecer uma ligação à comunidade e “que terão de pagar uma joia de entrada e anuidade que será sempre simbólica”, de acordo com o responsável. Haverá ainda “Leitores visitantes”, “Leitores específicos”, formalmente centros de investigação da UBI que poderão requisitar livros sob a responsabilidade do coordenador da estrutura ou o presidente da faculdade onde este funcionar. “Leitor de Empréstimo InterBibliotecário” (EIB) e “Leitores Beneméritos”, destinado a pessoas que prestem algum serviço relevante à UBI são as restantes categorias. Destes, apenas os Visitantes não poderão requisitar documentos.
NOVOS PRAZOS PARA REQUISIÇÕES As requisições também ganham novos prazos com a novidade de os atrasos passarem a ser alvo de sanções pecuniárias. José Rosa admite que a opção poderá “provocar celeuma”, mas “considera-a fundamental”. Em causa está o combate ao incumprimento do período de empréstimo ou a não devolução de obras, algo que nos últimos dez anos se “tem verificado com alguma frequência”. Haverá um prazo de três dias que, depois de expirado, impede o leitor de requisitar obras. “A partir do quarto dia e até ao 10º dia, durante seis dias, até um máximo de 10, o leitor que não entregar o material requisitado pagará 50 cêntimos por livro em cada dia. A multa também nunca poderá ser superior a 10 euros”, explica o responsável, acrescentando que o que se pretende “ter um efeito moralizador e educativo”. O regulamento será distribuído a todos os utilizadores para que todos tenham conhecimento do mesmo. |
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