Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Nas férias também se aprende na Faculdade de Engenharia
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 30 de julho de 2014 · UBI Estudar, trocar experiências e conhecer a Beira Interior motivou que 35 estudantes provenientes de quatro países estivessem duas semanas na UBI, na “Summer School em Materiais Compósitos”. |
A visita à região fez parte do programa do curso |
21975 visitas O ano letivo já lá vai e por estes dias a Universidade da Beira Interior (UBI) está despida do movimento de alunos que faz parte do dia a dia durante a maior parte do ano. No entanto, algumas salas de aulas e laboratórios da Faculdade de Engenharia estiveram nas últimas duas semanas – de 13 a 25 – a cumprir a função habitual de aprendizagem e experimentação. A turma era heterogénea: espanhóis, polacos, romenos e portugueses, que aproveitaram a oportunidade para trabalhar, naquela que foi a quarta edição do “Summer School em Materiais Compósitos”. Um programa que juntou a exigência do ensino, à troca de conhecimentos e experiências lúdicas e culturais. “Apesar de ser um curso de verão, houve rigor e por volta das 9h00 de cada dia, estava a sala com todos os participantes”, salienta Abílio Silva, um dos elementos da organização do programa, do Departamento de Engenharia Eletromecânica (DEM). E nem podia ser de outra forma. Apesar de não ser uma formação conferente de um grau académico, as 80 horas de duração permitem conceder três créditos ECTS, válidos no espaço europeu.
OBJETIVOS CUMPRIDOS A ideia inicial do curso foi cumprida, como se depreende das palavras de Paulo Reis. No final da Summer School, o docente do DEM falou dos objetivos iniciais, transpondo-os para o balanço de missão cumprida. “O ponto principal foi reunir um conjunto de pessoas – alunos e docentes – que lecionassem sobre um tema: os materiais compósitos. O ponto mais forte foi a componente prática deste curso, que foi o seu principal aspeto, sem descorar a parte teórica”, disse o elemento da organização, lembrando que “de manhã houve aulas e as tardes eram ocupadas nos laboratórios”. Em paralelo, houve tempo para conhecer a Covilhã e a região. Com o apoio das autarquias da Covilhã, Fundão e Sabugal, foi mostrado aos 35 participantes o que existe na região ao nível da “cultura – desde a música ao teatro – gastronomia e história”, acrescentou Paulo Reis.
PARTICIPANTES SATISFEITOS Falar com os participantes na hora do regresso a casa permite perceber a ideia que levam da UBI e da região. Ricardo Henriques, aluno da UBI, do 3º Ciclo de Engenharia Eletromecânica, esteve por dentro do grupo e conclui que “todos gostaram”. “Muitos não faziam ideia de como é a área dos compósitos e levam boas recordações, convívio e conhecimento, até os lugares que visitamos, perto da Covilhã. Alguns nem eu conhecia”, reconhece o aluno que se inscreveu para “conhecer pessoas novas e treinar o inglês”. Maria Simon Garcia falou pela “equipa” espanhola. “Foi uma experiência muito enriquecedora. Aprendemos mais sobre esta matéria e conhecemos pontos de vista de professores de outros países”, disse a aluna da Escola Politécnica Superior de Córdoba, elogiando a “hospitalidade e acolhimento das pessoas da Covilhã e da UBI”. “Penso que foi muito bom”, resume Pawel Sienkiewicz, vindo da Polónia, da Universidade de Bialystok, que reconhece a importância do curso, por abrir novos horizontes. “Nós não temos estas matérias na nossa universidade, por isso foi bom virmos e aprender alguma coisa sobre materiais compósitos. Penso que é uma ideia boa, porque é possível conjugar o nosso conhecimento acerca de fibras óticas com o que aprendemos”, explica.
VONTADE DE REGRESSAR Agradado com o que viu, e porque já tinha informações positivas de alunos que fizeram Erasmus na UBI, pondera regressar, ao abrigo do mesmo programa: “Penso voltar, mas são planos para o futuro”. Esta foi outra missão cumprida. O curso serviu para a estratégia da “internacionalização da UBI”, refere Abílio Silva, mas também estendeu laços com a região. As escolas dos distritos de Castelo Branco e Guarda receberam convites para estar presentes e quatro alunos das áreas de ciências e tecnologias anuíram ao convite. Abílio Silva considera a experiência positiva. “Ficamos contentes e simultaneamente apreensivos, para saber como seriam integrados. Enquadraram-se perfeitamente no grupo e acabaram por fazer amizades e praticamente não se notava qualquer diferença”, explica Abílio Silva, considerando que a iniciativa serviu também para a “Universidade se promover e mostrar que também dinamiza os alunos das escolas secundárias”. A “Summer School em Materiais Compósitos” teve financiamento europeu, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao longo da vida. Além de alunos estrangeiros, teve a participação de docentes da Universidade de Coimbra e dos países dos estudantes participantes. |
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|