O projeto Nuada, uma luva biónica concebida por uma equipa de três elementos da Universidade da Beira Interior (UBI), está amanhã na competição Imagine Cup da Microsoft. O instrutor CISCO da UBI Filipe Quinaz, o programador Pedro Querido, o investigador Pedro Quinaz e Luciana Alegre, formada em Design Industrial pela UBI, vão defender nos Estados Unidos, onde decorre a competição, a ideia que pretende ajudar pessoas com dificuldade de movimento ou força nas mãos.

A equipa que se apresenta com o nome “The Dians”, venceu no final de abril a edição nacional do concurso, conquistando assim o direito a representar a Europa Ocidental no certame organizado pela empresa tecnológica. O projeto Nuada concorre em Seattle na categoria World Series, juntamente com outros 12 conjuntos.

O sistema – do qual foram desenvolvidos vários protótipos – propõe através de hardware e software um auxiliar para pessoas, que, devido a dor ou falta de força, estão limitadas na sua ação, podendo ainda ser utilizado por profissionais de atividades manuais exigentes ou desportistas. O utilizador controla a luva movendo os dedos normalmente dentro dela, enviando instruções para um servo-motor que bloqueia ou desbloqueia a engrenagem, permitindo que a mão abra ou não. Pode suportar até 40 quilos.

Os sensores da luva permitem avaliar as funções da mão, gerando informação útil aos profissionais de saúde para avaliar a recuperação do paciente. Estes valores podem também ser úteis para atividades profissionais e desportivas.

Segundo a equipa, o Nuada tem “um potencial de milhões de utilizadores em todo o mundo”.

A luva inteligente recebeu já elogios por parte do júri do Imagine Cup: “Nuada é uma ideia muito bem concebida, criada com grande atenção e carinho. O projeto financeiro apresentado também é atrativo e seria bom aplicá-lo a nível internacional”.

The Dians é a terceira equipa com investigadores da UBI a atingir a final do concurso da Microsoft que tem eliminatórias locais, regionais e online em mais de 100 países. Em 2012, dois projetos com base na Universidade foram à final, que decorreu em Sidney, na Austrália.

 O concurso oferece aos estudantes “recursos e oportunidades para inovarem com as tecnologias mais recentes”, segundo a organização.