Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
“Estamos promover o contacto com as empresas e a comunidade”
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 23 de julho de 2014 · Continuado Rui Miguel, presidente do Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis, fala, em entrevista, dos objectivos do desfile de moda. |
21964 visitas Quais foram os grandes objectivos do desfile? A moda tem uma vertente mais emocional e comunicacional, mas o nosso objectivo não é só explorar estas vertentes, mas também tem um objetivo profissional. Fundamentalmente queremos formar designers de moda para o mercado e para as empresas, havendo aqui uma vertente de nos aproximarmos tanto quanto possível da comunidade e das empresas. Temos sempre parcerias intensas no sentido do apoio aos alunos e aos trabalhos deles. E neste desfile notou-se isso com um conjunto de empresas que tinham sido nossas parceiras. É isso que pretendemos. Aproximar cada vez mais os nossos alunos da realidade empresarial e do mundo económico. Fazer Design de Moda para as pessoas numa lógica também de negócio.
Este desfile decorreu no âmbito de um certame de cariz mais popular. Foi importante? Foi interessante. Temos as melhores relações com a Câmara da Covilhã e com a cidade e queremos abrir-nos mais à região e ao mundo. Somos um dos Departamentos mais antigos da UBI, existimos desde 1975, e a ligação à comunidade é intensa, e estamos a fazer o mesmo de sempre: ligarmo-nos às empresas e à região. Quando há boas vontades, os contactos dão bons resultados. E esta elação com a autarquia é muito boa, tal como com a PFN, da Selectiva Moda. No fundo estas parceiras também servem para viabilizar eventos.
As produções apresentadas podiam ir já para o mercado, porque não havia o experimentalismo que às vezes se associa à moda. É uma linha de atuação dos cursos? Nós formamos os nossos alunos com base no que a tecnologia lhes pode dar e o mercado quer. Têm estes limites. Pedimos-lhes que sejam criativos, mas dentro dessas fronteiras. Temos um designer, Júlio Torcato, que acompanha há vários anos a realizações das colecções. É interventivo, corrige, traça ideias. E tem uma história de ligação às marcas e ao mercado, embora sendo um designer criativo, e sabe como se devem movimentar para fazer negócio. A moda, elevada a um grande patamar, é um negócio, que o digam os grandes grupos internacionais.
Como está a empregabilidade dos formados na UBI nesta área? Há uma percentagem de empregabilidade que é alta. Nós controlamos mais esses números ao nível do segundo ciclo, porque o que transmitimos aos alunos é que devem complementar a formação com o mestrado. A receptividade dos empregadores é muito boa e interessante. As empresas da região todas têm designers que saíram da UBI, outros estão em revistas, a fazer comunicação especializada. Uma aluna foi fazer um estágio à Holanda, na Hilfiger, e vai ficar a trabalhar lá.
Existiram vários parceiros, neste desfile... Este evento resultou de uma parceria forte, com a Câmara e o IADE, com quem temos um mestrado em associação. É uma parceria forte que temos de incentivar. A relação com a Selectiva Models é muito antiga e temos ainda a ligação à Twintex, do Fundão, à LMA - Fashion Active War, que colabora connosco cedendo materiais. Há ainda a Lectra, produtora de software, uma parceira nossa há vários anos, porque utilizamos todos os pacotes deles a um preço especial para universidades. |
GeoURBI:
|