O executivo municipal da Covilhã aprovou um voto de repúdio pela passagem dos jardins-de-infância “Bolinha de Neve”, localizado na cidade, e do Teixoso para a órbita da Santa da Casa da Misericórdia da Covilhã (SCMC).

A proposta foi apresentada pelo vereador da CDU, José Pinto, que se mostra preocupado com o acordo entre o Instituto da Segurança Social (ISS) e a SCMC.

Em causa estão as dúvidas quanto ao valor das mensalidades e o futuro dos trabalhadores das pré-escolas até agora públicas.

“Há uma diferença enorme quanto aos valores o mínimos da mensalidade na Misericórdia, que são 50 euros, e à volta de 18 na Segurança Social. Quem é que vai pagar a diferença? O que é que vai acontecer aos trabalhadores?”, questionou o elemento da CDU.

“São questões que se colocam às famílias e nós como autarquia devemos ter essa preocupação”, disse o vereador sobre a proposta que passou por maioria, com abstenção de Nuno Reis, do Movimento Acreditar Covilhã (MAC). 

O vereador do MAC disse que não conhecia o teor do protocolo e que tinha a garantia do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social de que estaria “acautelada a qualidade do serviço prestado e a manutenção dos postos de trabalho”.

“Fui ainda informado que se trata de um processo que tem decorrido noutras cidades de forma tranquila, envolvendo na discussão as famílias, instituições e trabalhadores”, acrescentou.

Vítor Pereira manifesta-se contra a opção do ISS e terá transmitido essa posição a Melo Bernardo, responsável distrital de Castelo Branco do ISS. “No entanto, foi-me dito que o processo era irreversível”, admitiu.