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Poder da embalagem no público infantil estudado em doutoramento
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 2 de julho de 2014 · @@y8Xxv A tese de Madalena Sena procurou perceber quais os elementos decisivos para a escolha de uma marca entre as crianças do ensino pré-escolar. |
21975 visitas A forma como o tipo de embalagens influencia os públicos infantiis são as grandes linhas da tese de doutoramento defendida por Madalena Sena, na Universidade da Beira Interior. Com o título “Persuasão Visual. Percepção da embalagem de cereais pelos públicos infantis pré escolares”, o trabalho foi apresentado ao júri na terça-feira, dia 24, depois de implicar uma investigação multidisciplinar em áreas como a comunicação, o marketing, a publicidade, o design gráfico e a psicologia da percepção. “A embalagem é um objecto completo e complexo que reúne duas grandes funções: conter o produto e anunciá-lo. Contudo, o facto de o produto estar contido no interior da embalagem, deixa de ser visível para os consumidores e portanto cabe à embalagem a dura tarefa de o anunciar”, explica a investigadora. Neste contexto, “são os elementos gráficos impressos na embalagem que cumprem a missão de comunicar o produto contido no seu interior, principalmente nos targets de crianças que não sabem ainda ler”. O trabalho centrou-se na investigação em torno de marcas de cereais matinais. Madalena Sena procurou perceber quais os elementos mais persuasivos: se a cor, a marca, a imagem do produto ou as mascotes. O teste realizou-se recorrendo a uma amostra de 229 crianças do ensino pré-escolar português distribuídas por três grandes zonas geográficas do país (norte, centro e sul). As conclusões apontam para a falta de fidelidade às marcas. Segundo Madalena Sena, “uma marca nova, pode por em causa essa fidelidade”, que pode depender da embalagem, uma vez que “as crianças em idade pré-escolar preferem cores de embalagem de acordo com as suas preferências cromáticas” e “nem sempre fazem associações directas de uma marca à sua mascote, que é mais persuasivas que a marca”. A tese foi orientada por Tito Cardoso e Cunha e Susana Azevedo. Teve como júri Paulo Serra, Arminda do Paço, Eduardo Camilo, Tito Cardoso e Cunha e Susana Azevedo, da UBI. A eles juntaram-se Fernando Moreira da Silva (Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa) e Maria Helena Pires (Universidade do Minho). |
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